Cena de filme americano, onde após uma tarde de confusão e aventuras do barulho nesse mundo da pesada, dois amigos encontram-se descansando na encosta de uma montanha, olhando para o céu e suas infinitas estrelas e nuvens.
First: Que imensidão.
Second: Quê?
First: O universo.
Second: Ah, tá.
First: O que será que tem além disso tudo?
Second: Se tiver cerveja e mulher, é o suficiente.
First: As possibilidades são incomensuráveis, o fim é o começo, e o começo pode ser o fim.
Second: Tipo a carreira das bandas emo?
First: Tanto a desbravar, tal qual piratas indo rumo aos confins dos sete mares.
Second: Ou como um virgem indo na zona sozinho em dia de semana.
First: Imagino que nossa simplicidade não é nada perto do que outras raças podem nos ensinar.
Second: Mas aposto que eles não tem mulheres mais gostosas que as nossas.
First: Tecnologias avançadas, ecossistemas extraordinários, soluções para nossos maiores mistérios...
Second: Cerveja com gosto melhor, 100 fêmeas para cada macho, solução para a calvície...
First: E o tempo, será que ele flui da mesma maneira que aqui?
Second: Será que lá a sessão das oito e meia passa mesmo as oito e meia?
First: Uma estrela cadente no céu. Vontade de pegar na cauda dessa pedra voadora e ir junto para o infinito.
Second: Não é uma pedra, é um aerolito.
First: Minha sede de saber aumenta exponencialmente cada vez que penso nisso tudo.
Second: Minha sede também. Mas deve ser porque acabou a cerveja já faz quase uma hora.
First: Você deveria parar de fazer apenas piadas e refletir um pouco sobre tudo que eu questionei aqui.
Second: E você deveria parar esse solilóquio existencial e pensar no mundo real.
First: O mundo real é simplório, previsível, e nada estimulante.
Second: Mas é o que está a nosso alcance.
Levamtaram-se e partiram para casa. Caminhando silenciosos e pensativos, enquanto as nuvens acima deles se transmutavam em formas variadas, escondendo qualquer coisa que a imensidão universal pudesse querer mostrar.
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