Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

sábado, 29 de maio de 2010

Tempos de paz

Suor na testa e os punhos em riste
O sol deixa sua luminosidade sobre meu ser
Não há motivo para qualquer pensamento triste
Luto contra minha sombra até esmorecer

De uma maré de sorte repentina
Estou aqui e estou ali, sem me convencer
Como o banho na água pura e cristalina
Renova a alma, renova a vida

Dos julgamentos da futilidade escapei
Das barreiras da estagnação estraçalhei
Dos olhos da maldade eu encarei
Das rajadas da indiferença eu desviei

Eu vi os gigantes em seu reino
Mostrando o poderio de sua armada
A conquista exala em meu cenho
Uma locomotiva que não pode ser parada

É certo que não tenho tudo que quero
É errado que não me esforço nas proezas
Vigilante e atento eu espero
Mesmo de minhas dúvidas vem as certezas

Sei do que sou capaz
Será que não busco o mesmo que a ti?
Viver em tempos de paz?

domingo, 23 de maio de 2010

Preciso de outro quadro



Dinheiro é o problema e a solução para a maioria das pessoas e pra mim não seria diferente. Ao final de cada mês, meu parco salário de estagiário sempre está no fim, me deixando preocupado com o fato de que se algum problema ocorrer, não me reste um "fundo de emergência". Mas existe algo que eu nunca me nego a gastar: música.

Eu sou da espécie rara que de vez em quando compra cds originais nas lojas (vai, pode rir) e dvds de shows das minhas bandas preferidas. Mas o maior gasto, sem dúvida, é com shows. Não falo de showzinhos podreca ou de bandas regionais, onde o ingresso é 10 reais (com direito a uma latinha de Nova Schin), mas aos shows internacionais de bandas consagradas. E com o valores exorbitantes cobrados pelos ingressos, é uma tarefa realmente difícil ver todos os shows que quero.

É óbvio que não vejo tudo que gostaria, mas aqueles imperdíveis nunca me nego a gastar. Guardo todos os ingressos dos que já vi em um quadro na parede do meu quarto. Iron Maiden, Whitesnake, Judas Priest, Deep Purple, Kreator, Exodus, AC/DC, Megadeth e ao final da semana estarão ali ZZ Top e Joe Lynn Turner também.

Peguei a calculadora esses dias e fiz um somatório dos valores de cada um:
Iron Maiden -> R$100,00
Whitesnake -> R$120,00
Judas Priest -> R$150,00
Deep Purple -> R$180,00
Kreator e Exodus(os dois foram juntos) ->R$50,00
AC/DC -> R$ 900,00 (o ingresso foi R$300,00, mas tive que viajar pra São Paulo pra ver o show hehe)
Megadeth -> R$ 90,00
ZZ Top - > R$ 80,00
Joe Lynn Turner -> R$30,00 (é, esse foi barato até)

Somatório de shows internacionais -> R$1700,00

Porra, olha só quanto eu já gastei em NOVE shows internacionais!! É um absurdo o que os caras cobram!!

Eu não me arrependa de nenhum desses gastos, a tendência é o número de ingressos sempre ir aumentando. É claro que esse número poderia ser bem maior, mas só se eu fosse o Bill Gates pra ir em todos shows bons que passam aqui pela minha terra.

Mas apesar disso amanhã terei mais um gasto que não me arrependerei depois. Vou comprar outro quadro, afinal o meu antigo já está muito cheio e não cabe mais nenhum ingresso.


sábado, 15 de maio de 2010

Teoria Kapião

Partindo de uma brincadeira, eu e meus amigos desenvolvemos uma complexa teoria, leia abaixo e veja se em parte não é verdade ;)

Dizem os grandes sábios que existem leis que rejem o universo, e estamos fadados a obedecê-las. Na mesma linha, já no nosso dia-dia, somos constantemente perturbados pela Lei de Murphy (não é o ator) nos trazendo inconvenientes e pequenas desgraças. Bem, seguindo uma lógica controversa de desgraças maiores, formulei nos últimos meses a Teoria Kapião.

Antes de explicar os fundamentos, vou primeiro dizer o por que do nome "Kapião". Essa palavra vem de uma animação da internet com um hambúrguer falante dizendo "belessa kapião". Derivando de piadas sem sentido entre mim e meus amigos, acabou como um apelido para pessoas chatas, sem graça ou simplesmente azaradas.

Bem, passando por várias coisas nessa vida (tá, nem tantas) comecei a analisar e ver alguns padrões de desgraças alheias. Refletindo um pouco sobre algumas situações, percebi que determinadas pessoas azaravam meu dia(literalmente). Portanto, essas pessoas foram alcunhadas de "kapiões". Sendo mais direto, viu essa pessoa, algo de ruim te acontece.

Cada um tem seu kapião. Pode ser um vizinho, um amigo, um colega de aula, um familiar ou até mesmo um completo estranho que tu nunca conversou na vida, mas que concretiza a teoria. E, não raro, várias pessoas se tornam kapiões. Mas um em especial sempre é o expoente, aquele que certamente arrasa teu dia, enquanto os demais apenas causam encômodos, que eu chamo de "fatos kapionescos".

Alguma consequências da Toria Kapião:
* Se você encontra o kapião no início da semana (segunda ou terça) algo de ruim acontecerá no final dela(sexta ou sábado). E o inverso também conta;
* Se você apenas o avistar de longe, algo chato vai acontecer até o fim do dia;
* Se um kapião cruzar na sua frente, algo ruim acontecerá em menos de meia hora;
* Se o "kapião máximo" parar para conversar contigo, melhor fugir para as montanhas, pois está amaldiçoado;
* Não importa onve você vá, sempre está sujeito a ver o kapião;
* Nenhum dia perfeito termina antes de algum kapião passar por ti e te trazer azar.

Bem, pode ter percebido que nada de bom acontece, só desgraça. Pois é isso mesmo que um kapião traz. Não que eles façam por mal, mas é um dom inato que interfere no andamento do "nosso universo". A maioria dos kapiões nem faz ideia do poder que possui.

Me atendo a experiências próprias, lembro que o kapião principal e os menores me trouxeram muita dor de cabeça. Me fizeram ir mal em algumas provas, ficar sem dinheiro, encontrar pessoas indesejadas quando ando nos corredores(mesmo quando não são eles), arruinar completamente noites que tinham tudo pra ser boas e, mais recentimente, ser demitido (sim, eu conversei com o kapião no dia anterior).

Se você vir um kapião, fuja.


domingo, 2 de maio de 2010

Rompendo os limites



O sol tava pegando com tudo em minha testa suada, afinal era onze da manhã de sábado e o jogo de futebol era em um campo aberto. Bem, habilidade estava em falta pra todos, afinal é só um grupo de amigos gordos e preguiçosos que insistem em correr atrás da bola uma vez por semana. Um tio que estava vendo o jogo definiu tudo com a célebre frase "Tá equilibrado, os dois times são ruins."

Me sentia como um moribundo, já com os urubus voando em volta só esperando a presa cair no chão. Mas eis que certo momento a bola veio voando e passou por mim. De alguma forma, juntei forças e saí correndo atrás dela junto com o zagueiro do outro time. Ambos corríamos lado a lado numa disputa afiadíssima. Não sei como, disparei de tal forma que me distanciei uns dois metros dele e chutei a gol. Teria sido uma linda cena se o goleiro não tivesse defendido com a ponta dos dedos. Mas o que chamou a atenção desse fato banal foi quando o zagueiro me disse "Bah, não sabia que tu conseguia correr desse jeito!"

Pois é, nem eu sabia. Posteriormente parei pra pensar a respeito e percebi que não era a primeira vez que eu alcançava um nível físico que os outros não supunham que eu tivesse. Não estou me colocando numa categoria de super atleta, mas sim daqueles que uma vez ou outra mostram algo que os outros nem imaginavam que pudesse ser feito. Exemplificando melhor, seria o mesmo que ver aquele nerd franzino derrubar o valentão da escola com apenas dois socos. É raro, mas acontece de vez em quando, não só comigo, mas com todas as pessoas.

Minha mãe se espantou uma vez que eu fiquei tão brabo que levantei um butijão de gás apenas com um braço... quando eu tinha 15 anos (mas depois não consegui repetir).
Certa vez voltava a pé da academia acompanhado de um amigo de bicicleta e começou a chover. Ele me disse "rá, vai te molhar" e se mandou, mas baixou um espírito de Forrest Gump e eu larguei na corrida tão rápido, e forcei tanto as pernas, que passei a bicicleta dele e me manti na frente por uns 50 metros.
E outra vez espantei a professora de karatê da academia (mas eu não lutava karatê) ao fingir que ia dar um chute do Chuck Norris e fazer perfeitamente o movimento. Ela pensou que eu já tinha certo grau de luta, mas eu só sabia de ver filmes na tv. É claro que não cheguei nem perto de acertar esse chute nas outras vezes que tentei.

Esses pequenos acontecimentos são constantes de todos, como uma força interna que nos impele a romper os limites quando necessitamos, ou então nas horas mais esdrúxulas possíveis, para o espanto dos demais.

Bem que eu gostaria de conseguir correr tão rápido em todos os jogos de futebol.