Não, eu não sou um capitalista radical anti-natureza, mas detesto pessoas que ficam insistindo pra fazer aquilo que não quero. Uma coisa é discutir racionalmente os benefícios de uma dieta vegetariana enquanto eu exponho porque não cedo a esse estilo de vida. Mas argumentos do tipo “é bom, e pronto”, “como você pode comer animais?” e “quem come carne não tem alma” servem apenas para que eu seja sarcástico e ignorante na conversa.
Precisamos ser conscientes e não custa nada ter hábitos saudáveis para melhorar o corpo e ajudar o planeta (sim, eu possuo muitos hábitos saudáveis, embora ninguém acredite), mas o radicalismo jamais será a resposta para resolver qualquer problema.
Não pretendo excluir a carne da minha vida, nem se o médico mandar (morro gordinho, porém feliz). Minhas melhores histórias envolvem churrascos mal feitos com meus amigos, e não saladinhas no clube da verdura. Como eu discutiria com meu avô os melhores cortes bovinos? Imagine o sacrilégio que é morar no Rio Grande do Sul e servir apenas alface em uma churrascaria?
Claro, se você está lendo isso aqui e é vegetariano vai dizer “nós não comemos só alface”, “a cozinha vegetariana é muito diversificada” e Eu não duvido, sei que é possível ter uma alimentação completa sem carne. Mesmo assim, troco qualquer prato que você possa me oferecer por um bife na chapa.
E não vou usar o argumento de que homens de verdade só comem carne e gordura, pois o ídolo da ignorância máxima dos anos 80 - Stallone Cobra - tinha uma vida natural e saudável entre um tiro e outro nos bandidos.
"Sabe qual é o seu problema? Você é muito violento. Devem ser esses chicletes e sanduíches brabos que você come. Come ameixa, que é uma coisa natural,come uva, passas. Gosta de peixe? Peixe é bom."
(Diálogo clássico que me fez repensar a vida)