Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Carnívoro

Esses dias uma guria me convidou a virar vegetariano. Em contrapartida eu a convidei para ir a um show de Black Metal e balançar a cabeça em honra a Satanás. Ela respondeu que nunca faria uma coisa dessas. Eu respondi que estávamos quites.

Não, eu não sou um capitalista radical anti-natureza, mas detesto pessoas que ficam insistindo pra fazer aquilo que não quero. Uma coisa é discutir racionalmente os benefícios de uma dieta vegetariana enquanto eu exponho porque não cedo a esse estilo de vida. Mas argumentos do tipo “é bom, e pronto”, “como você pode comer animais?” e “quem come carne não tem alma” servem apenas para que eu seja sarcástico e ignorante na conversa.

Precisamos ser conscientes e não custa nada ter hábitos saudáveis para melhorar o corpo e ajudar o planeta (sim, eu possuo muitos hábitos saudáveis, embora ninguém acredite), mas o radicalismo jamais será a resposta para resolver qualquer problema.

Não pretendo excluir a carne da minha vida, nem se o médico mandar (morro gordinho, porém feliz). Minhas melhores histórias envolvem churrascos mal feitos com meus amigos, e não saladinhas no clube da verdura. Como eu discutiria com meu avô os melhores cortes bovinos? Imagine o sacrilégio que é morar no Rio Grande do Sul e servir apenas alface em uma churrascaria?

Claro, se você está lendo isso aqui e é vegetariano vai dizer “nós não comemos só alface”, “a cozinha vegetariana é muito diversificada” e Eu não duvido, sei que é possível ter uma alimentação completa sem carne. Mesmo assim, troco qualquer prato que você possa me oferecer por um bife na chapa.

E não vou usar o argumento de que homens de verdade só comem carne e gordura, pois o ídolo da ignorância máxima dos anos 80 - Stallone Cobra - tinha uma vida natural e saudável entre um tiro e outro nos bandidos.

"Sabe qual é o seu problema? Você é muito violento. Devem ser esses chicletes e sanduíches brabos que você come. Come ameixa, que é uma coisa natural,come uva, passas. Gosta de peixe? Peixe é bom."

(Diálogo clássico que me fez repensar a vida)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tell me the Truth

Conhece o seriado Supernatural? São dois irmãos que caçam monstros e demônios, sempre com bom humor, excelentes doses de terror, drama e, claro, mulheres gostosas. Eles se envolvem com praticamente tudo que seja sobrenatural, e um episódio em questão me chamou a atenção, pois nele uma “deusa” obrigava as pessoas a dizerem a verdade, independente de qual verdade seja e quais as consequências.

Ah, a verdade, cada vez menos presente nas relações diárias do ser humano. Já reparou a quantidade de mentiras que nos envolve? Mentimos (ou omitimos, segundo alguns mentirosos que mentem pra si mesmos) no trabalho, na família, na escola, para os amigos, em todos os lugares.

Quer provas? Aí vão elas:

Qualquer relacionamento, por mais lindo e apaixonado que seja não sobreviveria se ambos dissessem apenas a verdade. Você, mulher, gostaria de saber que está gorda e que a pintura nova do cabelo parece tinta barata? E você, homem, aguentaria se ela dissesse que o “instrumento” do namorado anterior humilhava o seu? OF COURSE NOT, DUDE!

No trabalho, seja você um pescador ou um empresário, é possível gostar de TODOS os seus colegas? Ao invés de dizer “bom dia” não surge vontade de dizer “some da minha frente, seu mentecapto” em determinadas ocasiões? É fundamental cultivar uma boa relação no mundo corporativo, mesmo que considere a pessoa um jegue, mas é impossível simpatizar com todos.

Você conta tudo que realmente pensa para os amigos? Talvez para um ou dois que são os principais, mas nunca para todos. Pensando bem, mesmo para os melhores amigos escondemos algo. Ei, não minta pra mim, sei que você não conta tudo pro seu melhor amigo(a).

Você diz pra sua mãe o que apronta quando sai pra festas? Bem, em alguns casos sim, mas não se você vem de uma família decente. Seus podres permanecem ocultos e você responde “foi tudo bem”, mesmo que tenha passado a noite com traficantes e prostitutas na favela.

O caos iria se instaurar e a sociedade voltaria à idade das trevas caso todos fossem sinceros. Já dizia aquele filósofo que eu não lembro o nome: “Você quer a verdade? Você não aguenta a verdade”.

Se os políticos expusessem o que fazem por baixo dos panos seriam linchados em praça pública, se falasse pro seu chefe que ele é um mala não ficaria em nenhum emprego, se revelasse pra sua namorada que ela não te satisfaz tomaria um tiro e, nossa, imagina se confidenciássemos coisas particulares (tipo fetiches e manias) “desaprovados”pelo senso comum? Você conseguiria viver com isso? Ou ***SPOLIER PRA QUEM NÃO VIU A SÉRIE*** você pode se suicidar com a verdade, tal qual a personagem do episódio de Supernatural.

Será que a mentira não é necessária para mantermos as relações? Hummm, um assunto muito interessante, mas que renderá mais em outro post. Agora vou ver Supernatural.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Separação do lixo

Existe um mundo mágico. Neste mundo cheio de felicidade e alegria (ou quem sabe alegricidade) as pessoas respeitam as leis, ajudam os outros quando solicitado e não destróem seu próprio mundo em troca de uns trocados a mais. Bem, não vivemos nesse mundo.

Atravessar a rua na faixa de pedestres? Que cara burro, perdendo tempo caminhando até lá quando pode passar aqui no meio dos carros. Limite de velocidade no trânsito? Quem precisa dessa baboseira, melhor correr como um louco e chegar cinco minutos mais cedo (dane-se que posso me matar e levar outras pessoas comigo). Separar o lixo e colocar dentro da lata certa? Que idiotice, pra que ir até a lata se posso tocar tudo misturado aqui no chão, ninguém vai perceber mesmo. Preservar as florestas e os rios? Ah, tem bastante dessas coisas, vamos queimar e cortar tudo em nome do progresso.

Somos seres humanos, teóricamente os mais evoluídos e inteligentes deste planeta, e deste sistema solar, quiçá da galáxia (até onde sabemos). Mas por que tenho a impressão de que qualquer animal, por mais acéfalo que seja, contribui mais para o futuro de sua própria espécie do que nós?

Temos leis e não as seguimos, temos um lindo ecossistema e não pensamos duas vezes antes de destruí-lo, se alguma espécie nos atrapalha não hesitamos em exterminá-la. O simples fato de que vivemos a séculos (ou melhor, milênios) guerreando e matando nossos semelhantes já é prova de quão inútil e desprezível é o ser humano. Porra, matamos em nome de um DEUS pra justificar genocídios!!

É fácil ver a solução para a fome no mundo, tendo em vista a quantidade absurda de comida jogada fora, de campos produtivos que não são utilizados e da distribuição negligente. Pode-se arranjar energia barata e limpa para TODOS, mas preferem os meios “sujos” e que trazem mais dinheiro. Quantas doenças deixariam de existir se remédios fossem acessíveis a quem precise (e nem entro no fato de que muitas curas não são divulgadas pra não perderem lucro). Quanta cultura/informação/evolução teríamos se deixássemos coisas tolas como religião ou cor da pele renegados a segundo plano. Cara, dá pra imaginar o mundo de paz e de tecnologia avançada que poderíamos ter se realmente quiséssemos? E não me refiro a carros voadores e viagens espaciais, mas a conforto e qualidade de vida para qualquer um, seja rico ou pobre.

Se eu fosse o grande criador pegaria aqueles latões de separação de lixo (papel, plástico, metal, orgânico) e separaria em: poluidor, corrupto/bandido, assassino e escória diversa. Depositaria um a um os seres humanos que não prestam em seus respectivos latões. Creio que não sobrariam muitos no planeta, mas é melhor do que fazer um dilúvio bíblico.

Quero liberdade, saúde e paz. A muito custo consigo essas coisas, pois tanto eu quanto minha família ralamos muito pra ter o que temos. Será que tais privilégios existirão quando chegar a época de nossos filhos cuidarem do planeta? Aliás, eles ainda terão algo que valha a pena no planeta?

Pense nisso antes de fazer idiotices.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Velhice precoce

Percebi que estou ficando velho, e olha que recém fiz 21 anos.

Parei pra olhar desenhos animados esses dias (fiquei doente, sem ir trabalhar, lero lero) e me decepcionei de maneira tal que desliguei a tv e fui pra internet. Cara, os desenhos atuais são MUITO ruins pra mim. Eu cresci e digievoluí vendo desenhos, mas não consigo acompanhar mais nada devido ao nível de ruindade que me transmite. Só que as crianças de agora adoram!!! E eu não deixei de gostar deles, apenas não aguento os novos.

A música adolescente atual é sofrível!!!! As rádios só tocam lixo comercial repetitivo que destrói o cérebro (bem, essa última eu acho que não é verdade, pois adolescentes não possuem cérebro pra ser destruído). Os festivais de música possuem sempre os mesmos lixos coloridos e chorosos (cof cof restart cof cof nx zero cof cof). Cadê a porra do rock`n`roll!!!! Cadê o Heavy Metal dos oprimidos pela sociedade!! Cadê a revolução no sistema que todo mundo quer, mas ninguém faz!!

Vi uma reportagem interessante esses dias que explica que as últimas gerações cresceram sem os problemas e as dificuldades de outrora. Não passaram por nenhuma crise no Estado ou ditadura militar, desconhecem o verdadeiro significado de opressão ou medo, nem mesmo sabem o que é inflação. Ou seja, nasceram sem reais preocupações, e viraram os mimadinhos acomodados de hoje. Tá, pela minha idade eu também sou um desses mimadinhos, mas vai dizer que não te daria vergonha ter um filho da geração colorida em casa? Caso você tenha (ou seja um), meus pêsames.

Os desenhos são graficamente ruins e sem violência. A música não passa nenhuma mensagem, só sobre relacionamentos adolescentes inúteis. As modinhas são as mais ridículas desde que inventaram o suspensório. Os ideais não são mais mudar o mundo e sim mudar a cor do cabelo. E nem podem apanhar quando fazem algo de errado, pois ficariam "traumatizados".

Os mais velhos que veem isso ficam reclamando. Eu to reclamando, automaticamente me tornei um velho. Acho que vou reunir meus antigos amigos pra lembrar os velhos tempos e jogar pião e bola de gude. Estou dando um adeus definitivo pra minha (não tão boa) adolescência.

Essa geração é deprimente.