Eu
sou um clichê dos filmes de ação: imito o Rambo quando vejo tiros e explosões
na tela.
Eu sou um clichê do tio palhaço: sempre digo a piada do pavê nas festas
de família.
Eu sou um clichê de romântico: faço aqueles elogios que as mulheres não
acreditam, mas gostam de ouvir.
Eu sou um clichê de esportista: pratico qualquer coisa, mesmo sendo ruim
em todas as coisas.
Eu sou um clichê de intelectual: escrevo e falo sobre qualquer assunto,
independente de saber ou não algo a respeito.
Eu sou um clichê do Heavy Metal: sou mal, me visto de preto, ouço música
do diabo, imito um troll da floresta e hostilizo os “estilos de maricas”.
Eu sou um clichê de nerd: provavelmente saberei qualquer coisa que você
comente sobre filmes de ação, quadrinhos e desenhos.
Eu sou um clichê da paixão: quando a chama se acende, ela cresce até se
tornar um sol.
Eu sou um clichê de ignorância: na medida que sou sensível e cuidadoso,
sou um desastre que não mede os atos e as palavras.
Eu sou um clichê da macheza: posso estar machucado e destruído (seja no
corpo ou no espírito) mas não demostro essa dor.
Enfim, sou um clichê das intenções: do acordar ao dormir, do início ao
fim do dia, da primeira a última linha, tudo tem uma finalidade.
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