Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Talk to the Devil

Pra quem não sabe, tenho a miniatura de um diabinho em minha estante. Na verdade é um digimon, mas não vem ao caso. Pode parecer estranho, mas eu falo com ele quando estou preocupado ou nervoso. Pois é, o diabo é meu psicólogo.

Quem mais poderia me ajudar, senão o diabinho? A quem mais eu poderia confiar meus sórdidos pensamentos e angústias? Quem mais, senão um representante do mal, traria luz (ou melhor, trevas) para minhas dúvidas?

Interessante que ele nunca respondeu mas, mesmo assim, falar para ele me traz alívio, a sensação de que libertei algum peso em meu peito. Ele sabe quase tudo de mim. Se bem que seus possíveis conselhos talvez não me ajudassem muito. É um diabo pequeno, mas o tamanho de sua maldade pode não ter limites.

Ele poderia me indicar os piores caminhos. Relegar pouca ou nenhuma importãncia para meus estudos. Trapacear nos negócios e tomar vantagem sobre meus colegas e amigos. Dedicar atenção para minha família só quando tivesse algum interesse em jogo. Quem sabe me nublar as vistas, e deixar passar desapercebido aquela pessoa especial que tanto esperei na vida.

Mas, tenho que admitir, até hoje meu diabinho foi confiável, nunca me traiu. Ele recebe meus medos e dúvidas nesta vida pacientemente, e fica quieto, talvez para deixar que eu mesmo tente encontrar o caminho certo. Diabinho esperto, sabe que a superação é o verdadeiro caminho para a conquista.

Também tem a miniatura do Chapolim e a do Godzilla. Mas esses são papo pra outro texto.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Medo


Perguntei-me qual o sentimento mais forte a dominar minha mente. A resposta foi o “medo”. Por quê? Porque é ele quem guia meus passos, libera ou refreia meus instintos, diz se tenho ou não condições de enfrentar seja lá qual for o desafio. Não existem homens sem medo (o Demolidor da Marvel não conta).

Mesmo quando minha mente está esclarecida e (acho que) sei que meus limites vão além do desafio proposto, o medo pode aparecer e me prender. É por isso que devemos enfrentar nossos medos e buscar a conquista almejada. A vitória começa no momento que se reconhece o medo e tenta-se superá-lo. O medo vence no momento que você desiste de seus objetivos.

É difícil admitir, mas eu tenho tido muito medo ultimamente. Medo do que me aguarda no futuro, o que me espera nestes percalços da vida. Medo de dar um passo longo rumo ao desconhecido, e não ter o apoio necessário para me recostar caso não dê conta do que aparecer. Tenho medo de magoar quem eu amo, não correspondendo às expectativas. Tem horas que realmente não sei o que fazer, o que falar, como agir.

Serei eu capaz de superar meus medos? Não sei, mas vou tentar. Encararei meus desafios de frente e tentarei superá-los, independente do que o medo diz a respeito. Olharei naqueles olhos e direi “sim, eu quero, e não desisto fácil”, porque assim que se iniciam os momentos mais especiais da vida. Me desenvolverei, prosperarei, viverei!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Aquele monstro


Ele está preso, o monstro, com amarras fracas que tentam contê-lo. Eventualmente ele se solta e tenta causar o mal. Mas esse mal talvez não seja mal, talvez seja apenas uma reação à liberdade que não lhe é permitida. Porque, apesar de ser um monstro, ele é verdadeiro, é sincero, não nega sua origem e motivações, baseados nos sentimentos puros e crus da brutalidade ancestral. Quando tem a oportunidade ele faz o que quer.

Ele luta, grita, briga, xinga sua contraparte. Ele quer ter mais participação na vida real, esse monstro, quer realizar seus desejos e suas vontades. Ele não descansa, apesar de em alguns momentos dar uma trégua para o ser humano que lhe representa externamente. E esse ser humano é o contrário do monstro, pois ele tenta se iludir com a realidade interior. Ele sabe desse monstro dentro dele, mas não expõe para os demais, tenta mostrar apenas o que acha “decente”, o que não prejudicaria sua “imagem”. Quem sabe o ser humano não seja o verdadeiro monstro?

É uma luta sem fim, mas não é uma luta do bem contra o mal. Eles se completam, um não pode viver sem o outro. Um não pode dominar completamente o outro, não há certo e errado. O monstro quer reações, quer expor sua verdadeira face, enquanto o ser humano quer ser racional e mostrar-se superior perante o mundo. Eles se odeiam, o ser humano e o monstro, mas ao mesmo tempo se amam, e sentem inveja um do outro.

Não importa quem esteja no comando no momento, o outro sempre tentará se intrometer para fazer as coisas do seu modo. Nem ao menos sei quem está escrevendo este texto, se é o ser humano ou o monstro. Só sei que a luta é contínua.