Há uma caixa em cima do meu roupeiro onde guardo pequenas quinquilharias pessoais. Entre essas quinquilharias, achei as medalhas esportivas que conquistei na infância: basquete, vôlei, handball, natação e até uma de “Feira de Ciências”. Reparei que nenhuma é de ouro, quase todas são de prata.
A exceção da natação, todas ganhei em equipe, e sempre terminávamos enfrentando times tremendamente superiores na final, foi azar mesmo, pois o coletivo de minha turma não conseguiu superar outras escolas. Mas as de natação são minha total responsabilidade, me dediquei de corpo e alma pra vencer e não consegui. Todas são de prata, e curiosamente todas de ouro eu perdi pro mesmo cara.
Por que eu contei isso? Pra dizer que, ao invés de choramingar as derrotas, tomei isso tudo como lição de vida.
Dei o melhor de mim, mas fui superado. Chegava esgotado e sem fôlego ao outro lado da piscina, pra ver que o campeão já comemorava. Na vida, sempre vai ter alguém melhor que você, que sabe mais, que viu mais, mesmo que você se esforce ao máximo. É uma realidade, seja nos esportes, no trabalho, ou em qualquer atividade/hobby que resolva se dedicar. Mas cabe a você decidir se vai desistir por causa disso.
Nunca superei aquele cara dentro das raias, mas em todas as competições eu estava lá, brigando pelo meu lugar no pódio. Posteriormente tive que largar a natação, mas segui assim em tudo que faço. Me esforço até o limite, e não importa que outro me passe com facilidade, eu estou ali tentando. Eventualmente você pode ser o melhor de todos, mas melhores dos melhores surgem a cada dia, é um ciclo constante.
Minhas medalhas de prata me ensinaram muito. Ou quem sabe eu inventei essa lição de vida na minha cabeça quando percebi que nunca ia ganhar daquele FDP. Bem, não importa, o texto ficou legal.
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