Ele batalha internamente com seus sentimentos e pensamentos. Cada dia uma nova luta, distorcendo a realidade dos atos, enaltecendo as barreiras que o privam da plenitude existencial. Ele não sabe o que é sorrir verdadeiramente.
Treina o corpo com afinco, mas sente-se fraco e indefeso. Lê, estuda, tenta adquirir o máximo de conhecimento, mas julga-se um ignorante que nada conhece. Trabalha muito, sempre com vontade, com perseverança, mas sente-se um inútil mesmo diante de elogios. Admirado por tantos, mas não consegue admirar a si mesmo.
As trevas da noite trazem gélidos pensamentos, recordatórias do passado, causos que o tempo não leva embora. Ele não consegue dormir sem ter pesadelos.
Sentado, olhando pro horizonte, um copo de cachaça na mão, ele nada pensa. Não há o que pensar, são os únicos momentos que se sente em paz espiritual, onde nada o atormenta. O vazio é seu reino, o nada sua morada, a indiferença sua amante.
Disseram que algumas coisas tem que ficar pra trás. Ele não sabe como, pois tudo que aconteceu permanece vívido. O destrói. Ele é uma fortaleza prestes a desmoronar.
Ele olha no espelho e vê uma casca vazia, sente-se incompleto. Entretanto, o que há de completá-lo?
Talvez nunca saiba.
Então venha, pegue uma cerveja, vamos brindar o sucesso de seus tormentos.
Talvez nunca saiba.
Então venha, pegue uma cerveja, vamos brindar o sucesso de seus tormentos.
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