Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Não tenho mais idade para comprar o que eu não quero

 Olá, a quanto tempo!

Sim, fiquei muito tempo sem digitar nesta plataforma. Aqui sempre foi um ambiente de imersão, onde transmito angústias, felicidades, inquietudes e reflexões. Os blogs de certa forma estão morrendo frente as mídias imediatistas, mas nem me importo. Não sou desatualizado, mas sou um cara que ainda compra CDs. O antigo nem sempre é ultrapassado.

Mas o que o título tem a ver com isso?

Já não sou um garoto, tampouco um idoso, mas tem uma época na vida que simplesmente estamos maduros. Ok, nem sempre, outro dia eu estava imitando os Jutsos do Naruto quando encontrei a Úrsula Bezerra (dubladora dele). Mas enfim, o que quero dizer é que a maturidade traz visões diferentes, balanço diferente nas decisões e uma avaliação mais correta de acordo com nossa moralidade.

Eu estava para comprar um novo carro. Fiquei em dúvida entre alguns modelos, avaliando isso aquilo. Quando achei o ideal (o atual Etios, meu xodó) estava um pouco acima do que eu tinha estipulado. Mas eu lembrei de uma frase que um colega advogado disse uma vez para meu outro colega. Contextualizando, o advogado estava calculando quanto precisaria financiar para comprar um carro que queria. Meu outro colega mandou um "mas por quê não compra então um mais barato e deixa esse pra outra outra?". Ao que ele disparou, educadamente, a frase título deste texto:

Fulano, não tenho mais idade para comprar o que eu não quero.

Por mais bobo e até de certa forma egoísta este pensamento, isso entrou na minha mente anos atrás e sempre ficou. O motivo? Porque eu concordo. Se você quer muito algo, esforce-se e adquira, mas não arranje outra coisa que não é o que queria porque "é o que dá no momento".

Obvio que não levo ao pé da letra, no sentido de sempre desejar aquela coisa caríssima. Mas é uma infelicidade adulta você ter que "se contentar" com algo que não te agrada.

Me esforcei um pouco mais e comprei o carro que eu queria. Quando quero uma roupa, livro, um acessório específico, junto o dinheiro e compro o que é meu desejo. Da mesma forma, quando quero fazer algo para alguém, faço como deve ser feito, como é o esperado, não mal feito. Acho justo não adquirir o que eu não quero na mesma medida que não vou dar aos outros o que eles não querem.

E este texto, é o que eu quero dar para você ler. É meu esforço, espero que o receba de bom grado. Afinal, não tenho mais idade para escrever o que eu não quero.

domingo, 12 de janeiro de 2020

Nadando contra as correntes

Esse é meu primeiro texto em muito tempo, acho que quase um ano sem escrever. Ah, olá, antes de mais nada. Como sou mal educado as vezes. Enfim, textos não possuem prazo de validade nem carência, então o que importa é que não deixem de existir apenas.

Ano passado foi um ano complicado. Ok, é lugar comum dizer isso, mas pra mim realmente foi. Tive sérios problemas financeiros, emocionais e físicos. Não gosto de fazer drama, mas por muito pouco estive a beira de crises nervosas. Já ressaltei vezes anteriores como costumo ser o apoio do meu núcleo da família, mas por vezes os apoios mais rígidos e resistentes cedem.

Mas isso é passado, eu também tive coisas boas, mais pro final do ano tive algumas reviravoltas que me deram esperanças de uma nova vida, mais animada e despretensiosa. Voltei a ter saúde financeira, física e (parcialmente) mental.

Pratiquei muita arte marcial, busco cada dia me tornar um melhor lutador dentro e fora do tatame. Conheci outros países, tive a oportunidade de andar algumas semanas na Europa. Vi ótimas bandas de Heavy Metal, o estilo musical que me acompanhará até meu último suspiro.

Ah, e amei bastante. Amei minha namorada, minha família e, principalmente minhas duas cachorrinhas. Uma delas infelizmente me deixou perto do fim do ano. Meu amorzinho, Xena, uma doguinha teimosa e braba mas que acendia meu coração todos os dias. Como ela faz falta, demais.

Porém essas são as ondas desse mar chamado vida. Vez ou outra teimamos em nadar contra as correntes, querendo manter objetivos e metas, não querendo que o básico continue. Eu nado muito bem, sempre encarei as correntezas, insisto em nadar contra várias vezes, mas sabe que de vez em quando é bom deixar elas te levarem?

Deixe a corrente te levar, seja mais leve consigo mesmo. Não fique parado só boiando, claro, vai que se afoga. Mas nem tudo tem que ser complicado.