Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um ano de análises

Antes de começar, gostaria de avisar que este texto é um pouco mais longo que os demais. Se tiver vontade de lê-lo até o final, agradeço desde agora =)

2010 começou sem grandes expectativas, pois veio em sequência de um ano que, de certa forma, foi decepcionante para mim. Tá, 2009 não foi de todo ruim, mas não correspondeu em quase nada os meus esforços. Será que neste seria diferente? Quem diria, foi bem melhor.

Janeiro seguiu a onda de ostracismo provinda de dezembro, sem novidades e nada emocionante. Aliás, deixei de ver um show do Metallica NO DIA DO MEU ANIVERSÁRIO porque não tinha dinheiro, e ninguém quis me dar o ingresso de presente (FUUUUU!!!!). Isso, somado ao fato de pesar quase 100 quilos, não estar satisfeito com minha vida particular (financeira também) e parecer mais azarado que o Charlie Brown quando ia chutar a bola de futebol americano não levantavam meu astral de jeito nenhum.

Em fevereiro algumas coisas mudaram, devido a boas amizades, diga-se de passagem. São os amigos que te tiram do fundo do poço nos momentos mais difíceis. E, bem, 4 dias de carnaval na praia bebendo, jogando futebol, bebendo, pulando cachoeiras, bebendo, vendo Monty Phyton, bebendo, indo atrás de mulher e bebendo me fizeram muito feliz.

Com essa pequena aventura as férias foram salvas da monotonia total, graças a DIO!! Consequentemente, o primeiro semestre de faculdade veio mais leve e despreocupante. Pra falar a verdade, os dois semestres foram leves e despreocupantes em 2010, tive notas boas e me incomodei com pouca gente (se incomodar pouco é relativo, mas esse pouco foi estressante, eu ressalto). Ainda bem que mesmo lá fico em constante contato com meus amigos.

Ah, os amigos, os fanfarrões do meu dia-dia. Não tenho muitos (me refiro a amigos de verdade, não simples conhecidos), mas digo com orgulho que os que tenho não decepcionam. Boas festas/bebedeiras/sequelices com a ajuda deles. Claro, admito que o título de ano mais movimentado com relação à diversão ainda é de 2008 (foram meus 18 anos, hell yeah, bitch), mas 2010 trouxe bons momentos.

Agora vou tratar de um ponto mais crucial: Trabalho. Só este ano estou no 3º, e por motivos que explicarei a seguir.

O trabalho que eu mantive após a "virada de ano novo" era legal e deveras divertido, onde era elogiado pelo meu desempenho, mas sem futuro, e não compensava financeiramente. Com uma rara jogada de sorte, surgiu uma oportunidade muito interessante. Mudei de trabalho. Parecia divertido, continuava não compensando financeiramente, mas (aparentemente) tinha futuro, o que me motivou a sair do anterior. Big Mistake!!

Foi minha pior experiência profissional, e dificilmente outro emprego ocupará esse lugar. Não darei detalhes, não merece nem figurar no meu currículo, quanto mais ser assunto de um texto importante. A única coisa que tirei de bom daí é que tive um aprendizado em determinados softwares e refinamento no meu senso de estética e planejamento, algo importante para minha profissão. Mas é só, faço questão de esquecer o resto. Após menos de dois meses, acabei saindo.

Desanimado e desmotivado, tal qual o lendário Joseph Climber, enviei alguns currículos no mesmo dia de meu desligamento da empresa anterior. A dona sorte apareceu à porta, três dias depois fui chamado a preencher um formulário numa agência que enviei um currículo. No dia seguinte, fiz uma entrevista nesta mesma agência. No dia seguinte, fiz uma entrevista NA EMPRESA que a agência indicou. No dia seguinte, recebi uma ligação dizendo que no dia primeiro do mês seguinte eu começaria a trabalhar lá!!! (Senhoras e senhores, eu bati o recorde, menos de uma semana depois de uma demissão já estava contratado para algo MUITO melhor)

Até o momento que escrevo esta linha não possuo nada para a reclamar de minha atual situação trabalhística. Financeiramente melhor (mas isso não que dizer que ganho muito hehe), pessoalmente ÓTIMO. As expectativas aumentaram, mas não vou tecer muitos elogios, vai que a dona sorte resolve sacanear e sou demitido um dia após colocar isto aqui no blog.

Falei antes que estava com quase 100kg, lembra? Pois quando entrei no 3º emprego jurei a mim mesmo que daria jeito no corpo. Os meus novos horários permitiram que eu tivesse uma hora diária para exercícios físicos, e um processo de reeducação alimentar foi instaurado. Não, não fiz porra de dieta nenhuma, só diminui um pouco as quantidades e meto umas folhas de alface no prato, mas já é um avanço incrível. O resultado é que de quase 100kg passei para os atuais 86kg, e provavelmente diminuirão mais uns 4 ou 5. Meu objetivo não é ficar magro, pois magreza não combina com meu porte físico, quero apenas ficar decente e relativamente forte, uma meta já quase alcançado.

Shows musicais? Bah, também foi muito bom. Tive a decepção com o Metallica, mas depois veio, praticamente em sequência, MEGADETH, JOE LYNN TURNER e ZZ TOP. Todos comigo lá na frente do palco. Posteriormente veio VADER, RAGNAROK, MORTUARY DRAPE, WATAIN e diversos shows underground. Ah, sem contar que recém adquiri meu ingresso pro Rock in Rio, mas esse vai valer só pra 2011.

Futebol? O esporte dos homens de verdade permaneceu constante ao longo do ano. Poucos finais de semana ficaram sem as clássicas partidas no campo desparelho e mal feito de Sapucaia do Sul. Óbvio que eu continuo o mesmo traste inútil em campo, mas estou longe de ser o pior jogador da turma. Um homem que não joga futebol, independente da habilidade que possua, não é um homem completo.

Família? Minha família é complicada e de tempos em tempos vejo brigas e mais brigas. Que atire a primeira pedra aquele que tem uma família onde as pessoas não discutem. Mas a união e os laços afetivos ficam acima dessas coisas mundanas. Família é algo muito importante para ser desperdiçada com probleminhas menores e implicações bobas, e isso é algo que todos lá em casa estão cientes. Resumindo, tenho uma boa família, e me apoiaram em todas os erros e acertos que tive ao longo do ano.

Mulheres? Bah tchê, devo ter uns 20 textos durante o ano que descrevem ou fazem citação a meu relacionamento com mulheres (amorosos ou não). Se deixou de ler, saiba que eu não digievoluí nem um pouco, continuo o mesmo irresponsável/insensível/incompreendido na sociedade feminina. Ah, e ainda não entendo por que aquela guria de óculos foge quando me vê, talvez se um dia eu resolver conversar com ela eu descubra. Bem, pelo menos é engraçado.

Ignorância masculina? Foi mais um ano onde alimentei o meu lado selvagem com bebidas, Heavy Metal, filmes de ação/terror e tudo o mais que as mulheres odeiam. Me sinto extremamente satisfeito nesse aspecto. E continuo rindo a toa, porque chorar é pros fracos que não seguem o exemplo de Chuck Norris e Charles Bronson, os dois exemplares máximos de masculinidade (que não poderiam deixar de ser citados neste texto).

Concluindo: Não tenho do que reclamar, 2010 teve muito mais altos que baixos. Nessa época vira moda reclamarem que o ano não foi aproveitado e que passou muito rápido, mas eu não me rendo a esses clichês. No fim das contas, somo nós mesmos quem definimos se as coisas são boas ou não, e eu faço questão de definir que o ano vindouro vai ser ainda melhor que este. Se você quer algo, faça. Eu quero um futuro brilhante e cheio de conquistas.

Agradeço a leitura. Que seu ano sejá ótimo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Dragon Ball Z motivacional

Nota: Este texto é totalmente idiota e nonsense, mas espero que se divirta com ele.

Esses dias recebi no meio da rua um flyer convidando para uma palestra motivacional. Nunca ouvi falar do palestrante, mas dizia que ele tinha um histórico de superação na vida. Parei e refleti sobre isso.

Existem muitos exemplos motivacionais no mundo: Pobres que se tornaram ricos, médicos que salvaram vilas inteiras com equipamentos precários, sobreviventes dos campos de concentração, gostosas do Big Brother que posaram nuas deficientes que superam as pessoas normais, etc. Mas nunca entrou em questão aquele que é o mais persistente, o que mais superou obstáculos, o que nunca desistiu diante dos percalços da vida: GOKU.

Sim, ele mesmo, o cavaleiro do zodíaco Super Sayajin!! Goku é um vencedor na vida!

Goku venceu o analfabetismo: ele era burro que nem uma porta, hoje até se teletransporta com o poder da mente.

Goku venceu o bullyng: Ele tinha um rabo de macaco! Imagina o que não zoavam ele com isso. Mas ele ficou chorando no canto? Claro que não! Levantava e enfrentava os valentões.

Goku venceu a fome: Quem acompanhou o desenho sabe a quantidade de comida que ele necessitava pra viver. Mas ele parecia desnutrido? Of course Not, dude.

Goku venceu a xenofobia e o preconceito: Ele veio de outro planeta, tem um amigo verde, outro com 3 olhos, outro que é um gato falante, e sempre atrás das BOLAS DO DRAGÃO. Sem preconceitos e barreiras sociais, ele é um exemplo!!

Goku venceu o medo e a dor: Ele tinha um terrível medo de injeções e agulhas, algo que mesmo eu temo, mas aguentava até a bola de força gigante do Freeza quando necessário.

Goku venceu a humilhação: Acha que é fácil aguentar o Vejita chamando ele o tempo todo de "verme maldito"?

Goku venceu o mal humor: Ele é marido da Chi Chi (mulher chata pra cacete), pai do Gohan (muleque chorão pra cacete), seu mestre era um véio tarado e, mesmo passando a vida toda apanhando, recebia todo mundo com um sorriso no rosto e um "Oi, eu sou o Goku".

Goku venceu a morte: Ele morreu e ressucitou pelo menos umas 3 vezes. Tem superação maior que essa?

Ele não é apenas um herói dos desenhos animados, é um herói para todos nós. Passou a vida apanhando e se tornando forte pra defender a terra de inimigos cada vez mais poderosos. Quando sofria uma derrota, não descansava enquanto seu KI não estivesse à altura do adversário. Desde Tao Pai Pai (o cara que matava com a língua) até o famigerado Cell.

Quando surgirem problemas na vida pense: "O que Goku faria numa hora dessas?"

Sejamos gratos a Goku por ser esse modelo de superação e provação máximos! Levantemos as mãos para fazer a Genki Dama mais poderosa do universo!

Obrigado Goku!!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Promessa é dívida

Ano passado fiz uma lista com 13 promessas que eu deveria realizar durante este ano. Já faz parte da cultura brasileira prometer o que não se vai cumprir, então resolvi ler ela novamente e ver se concluí alguma coisa.

Vamos a uma análise mais detalhada sobre as promessas:

1º - Perder 10kg - Senhoras e senhores, esta promessa foi cumprida!! E olha que nem foi tão difícil assim.

2º - Comprar um carro - Este chegou perto de ser concretizado, mas algumas ironias do destino impediram. Acredito que no próximo ano será mais uma meta alcançada.

3º - Aumentar minha cota de shows que preciso ver antes de morrer - Sim, esta também considero cumprida. Estive presente em pelo menos 3 shows essenciais para todo fã de Heavy Metal que se preze.

4º - Ficar fluente em inglês - Não, essa não se realizou ainda, mas o nível está muito superior ao que eu tinha no ano passado.

5º - Mais grana no bolso - Olha, não estou ainda no nível monetário que gostaria, mas essa foi uma promessa parcialmente cumprida. De pouco em pouco se chega onde quer, certo?

6º - Fazer um site de verdade - Não cumpri essa, e infelizmente não sei se vou.

7º - Fazer um gol de bicicleta - Porra, essa tá na minha lista desde que eu tenho cinco anos, mas sou brasileiro e não desisto nunca.

8º - Achar uma mulher legal e que valha todo meu esforço - Bah, esse ítem é além da minha compreensão e rende muitas risadas.

9º - Aprender a assobiar - A única verdadeira decepção na minha vida é saber que NUNCA conseguirei assobiar.

10º - Deixar de ser neurótico com coisas sem importância - Ah, nem perto de ser cumprida.

11º - Valorizar apenas o que vai me evoluir física e emocionalmente - É uma questão meio filosófica e pessoal. Acho que venho concluindo ela, ou não, sei lá.

12º - Ler mais - Sim, essa foi concluída com sucesso. Li mais nos últimos meses do que nos 3 anos anteriores.

13º - Desenhar em momentos que não sejam adversos - Bah, não cumpri essa. Continuo só desenhando quando to furioso.

Quem diria, o balanço final não foi tão negativo quanto eu esperava. 3 promessas foram completamente cumpridas, 3 foram parcialmente cumpridas, uma não aconteceu por azar, e seis não realizadas.

Mas quer saber duma coisa? Apesar de tudo, continuo rindo alegremente a cada dia que passa. Enquanto o bom humor prevalecer, as metas vão continuar sendo metas a cumprir.


sábado, 27 de novembro de 2010

Evolução musical

Deu vontade de ouvir Legião Urbana. Assim, tipo, do nada veio essa vontade. Quem conhece o estilo musical que tenho apresentado nos últimos anos provavelmente franziria a testa e dira algo tipo "tá doente, rapá?"

De fato, atualmente sou Headbanger (popularmente conhecido como Metaleiro) e minhas seleções musicais tem transitado entre os estilos mais extremos e pesados (como Black Metal, Death Metal, Thrash Metal e outros Metal). Não faz sentido vontade de ouvir Legião Urbana num cara que nem eu, seria semelhante a um funkeiro convicto dizer que quer ouvir Sepultura.

Mas então acabei relembrando minha trajetória no mundo da música e, óbviamente, eu não comecei pelo metal extremo. Resolvi fazer uma linha do tempo.

1999 - Não ouvia música antes, não era um hábito lá em casa (ou seja, sem estilo ou gostos específicos pra influenciar), mas ganhei meu primeiro rádio. Consequentemente, ganhei meu primeiro CD, por parte do meu irmão (que não morava comigo). Era um CD de pagode!! (NOOOOOOOO!!!)

2000 - Já havia descoberto que pagode e sertanejo não me agradavam, até que ouvi um CD do Legião Urbana na casa do meu irmão. Ele era pagodeiro, mas tinha algumas coisas boas. Mudou meus horizontes ouvir isso.

2001/2002 - Com a descoberta do rock nacional, fui me aprimorando nas bandas clássicas dos anos 80: Ultrage a Rigor, Barão Vermelho, Ira!, Titãs e, claro, Legião. Não eram bandas pesadas, mas contrastavam direto com o funk e música eletrônica que TODOS os meus amigos ouviam. É, descobri que meus gostos musicais eram diferentes dos meus amigos, isso é uma desgraça quando se é muito jovem.

2003 - Minha vida mudou radicalmente nesse ano. Percebi que já não me animava tanto com as bandas nacionais, mas não conhecia outras coisas. Foi então que minha querida mãe me comprou 3 CDs, de 3 artistas: AC/DC, Van Halen e Jimi Hendrix. "Isso é Rock de verdade, acho que tu vai gostar." - DIO lhe abençoe, mãe! DIO lhe abençoe!!

2004/2005/2006 - Comprando CDs mensalmente, sempre tentando descolar algo novo do Heavy Metal e Hard Rock (é impressinante quando se passa do rock nacional pra esses dois) atingi um bom nível cultural sobre os estilos. Iniciou-se a época poser, onde ainda não era especialista em nenhuma banda, mas defendia todas com garras e dentes, pois o resto não prestava.

2007 - Rock nacional já não tinha vez no meu rádio, era só Metal tradicional (Judas Priest, Black Sabbath, Iron Maiden), com pitadas de Hard Rock (KISS, Van Halen, Whitesnake) e início de Thrash (Metallica, Megadeth, Slayer). Com a introdução (no bom sentido) da internet na minha casa, realmente subi de nível no conhecimento do estilo. Passei a pesquisar e ouvir diversas bandas históricas e novas. Não era mais poser, era um headbanger doutrinado.

2008/2009 - Sob influência de amigos True Heavy Metal Thunder from Hell, passei para o metal extremo (Vader, Immortal, Tankard), porém sem abandonar os clássicos. Juntando isso com a crescente leva de shows internacionais e nacionais que assisti (muito bons e muito caros, diga-se de passagem), podia claramente ser taxado com um "metaleiro louco dos infernos"pelos leigos.

2010 - Não tão extremo por fora, pois a vida de adulto não admite tais coisas e minha profissão requer tolerância com todos os estilos, mas inteiramente Headbanger por dentro. Sei realmente muito de toda a história do Rock e Metal pelo mundo. Agradeço por não ser um fã da geração colorida.

Pois bem, foi assim até o momento. Progressivamente fui alterando meu estilo de um rock leve e sem compromisso para os mais radicais e pesados que existem, e não me arrependo. Claro, não costumo contar que já tentei ouvir pagode, tenho uma reputação a zelar, mas todas as bandas que passaram pelo meu rádio ajudaram a formar minha vida musical.

Tanto é que, depois de alguns anos ouvindo apenas as feras do metal, me surgem repentinas vontades de voltar a escutar os primórdios, quando Legião Urbana era o mais pesado que eu tinha no cd player.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

FAIL

Sorte não é um fator comum a todos os seres humanos, o azar, por outro lado, pode estar presente em todas as atividades e em todos os momentos da vida. Por quê? Porque a sorte é imprevisível e depende de fatores além do nosso alcance, enquanto que o azar pode surgir por um mero descuido humano, o que definiria que muitas vezes ele acontece por culpa nossa.

Exemplo: Digamos que eu esteja esperando alguém voltar de viagem no aeroporto. Se a sorte resolver agir nesta ocasião, a pessoa em questão aparecerá na hora marcada, sem nenhum contratempo, não haverá tráfego na hora de voltar pra casa e o dia ainda estará lindo. Nada que NÓS pudéssemos influenciar conscientemente.
Por outro lado, se o azar resolver agir, o voo atrasará duas horas porque o piloto errou a rota, a pessoa em questão pegará a bagagem errada na esteira, o tráfego estará congestionado (não ouvi no rádio as dicas de ruas livres) e o carro ainda vai morrer no meio do caminho porque não levei ele pra revisão no início do mês. Ou seja, ERROS HUMANOS diversos que trouxeram o azar.
(Ah, nada disso aconteceu comigo, é apenas um exemplo)

Tá, mas o que isso tem a ver com o título do post?
Bem, jovem padawan, "FAIL" é uma denominação na internet para as vezes em que algo sai totalmente errado: tomar um tombo de um brinquedo, comprar um produto enganoso, se agarrar com aquela mulher linda e só depois ver que era traveco (Ronaldo mode on), deixar um depoimento vergonhoso no orkut, e por aí vai. Ou seja, os FAIL são consequencias do azar que nós mesmos criamos, senão ao invés de FAIL seria "EPIC WIN".

Bem, o que me levou a escrever tudo isso foi uma série de FAILS consecutivos que eu tenho feito ao longo das últimas semanas. Nada excepcionalmente contrangedor (como o exemplo do traveco), mas coisas bobas que seriam evitadas não fossem descuidos meus. Podem ser resumidos a falta de atenção com pequenos detalhes (que geralmente comprometem tudo), não organizar determinadas tralhas de maneira correta ou dizer frases "equivocadas" para as pessoas sem nem perceber.

Claro que não direi meus exemplos de FAIL, pois pior do que o FAIL em si é divulgarem que você foi
um FAIL. Os EPIC WIN que devem ser divulgados abertamente, seguidos de um "FUCK YEA".


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Futebol arte

Brasil é o país do futebol. Também é o país da corrupção, da vagabundagem e de outras coisas, mas o futebol vem em primeiro lugar. É comum que os brasileiros do sexo masculino possuam um grupo pra formar um time e disputar partidas semanais/quinzenais/mensais. Comigo não é diferente.

Vamos a uma análise mais detalhada:

* Os "atletas" podem ser amigos, colegas de aula/trabalho ou qualquer magrão que passar perto do campo na hora do jogo.

* Geralmente não se trata de times profissionais, então nenhum deles precisa necessáriamente jogar bem, basta saber que a bola deve ser chutada em direção à rede adversária.

* Os esteriótipos dos jogadores são muito variados: O "técnico" que coordena o time, o balaqueiro que não passa a bola, o reclamão chato, o sósia de alguém famoso (Tiririca, Ronaldo, Luan Santana, etc), o cara extremamente ruim que só joga porque é amigo mesmo, o eternamente lesionado (sempre no departamento médico), o cara apelidado de Nego (que também pode variar para Alemão, ou até os dois tipos no mesmo time) e mais um monte, com diferenças conforme a região.

* O local da partida vai dos gostos pessoais aprovados por consenso geral (escolhidos democráticamente). Pode ser quadra, campo, uma rua fechada com cones ou um açude parcialmente seco. As condições climáticas são muito importantes quando se escolhe campo, pois chuva torrencial pode inviabilizar o aproveitamento do time.

* A bola, este objeto esférico que permite a realização do jogo, deve estar de acordo com as normas da FIFA local. Ou seja, não pode estar rasgada, furada ou muito murcha.

* Não é necessário juízes em partidas não oficiais, dúvidas com relação a faltas devem ser resolvidas entre os jogadores de maneira sensata, vendo quem grita ou ameaça mais alto.

* As duração da partida (geralmente uma hora) pode ser extendida até os atletas começarem a cair no chão de cansaço, mas jamais, JAMAIS, devem ser mais curtas que o horário inicialmente marcado.

* Lesões pós jogo significam que a partida foi boa.

Esses são os pontos principais do jogo não profissional no Brasil. Agora eu, como todo bom brasileiro, vou lavar minhas chuteiras, e deixá-las prontas para a próxima partida semanal.

domingo, 24 de outubro de 2010

Crise de Ideias

Não sei sobre o que escrever, me sumiram todas as ideias. tantos as inúteis quanto as revolucionárias, nada me aparece neste momento.

Que tal escrever sobre isso? - Perguntei-me a mim mesmo.
Sobre isso o quê? - Questionei-me a mim mesmo como réplica.
Não ter nada pra falar. - Respondi-me a mim mesmo.
É, mas praticamente todos os escritores que conheço já falaram sobre isso. - Retruquei-me a mim mesmo.
Grande coisa, tu lá é escritor de verdade? Tem só um blog!! - Eu rebati-me a minha própria resposta.

Bem, acho que posso mesmo falar sobre não ter o que falar.
Quem sabe faço um diálogo sobre? Ah, peraí, fiz isso no parágrafo acima....

Um ensaio filosófico sobre os motivos do vazio existencial da mente? Não. Muita bobagem sem sentido.

Já sei, que tal uma análise sobre a crise de ideias na mídia em geral? Putz, acho que já falei sobre isso umas cinco vezes.

Engraçado que quando não estou em situação de transcrever alguma coisa (de pé no trem ou no meio do jogo de futebol) me aparecem dezenas de ideias. E, óbvio, sem anotar elas somem tão rápido quanto vieram.

Quer saber, vou é comprar um caderninho daqueles bem pequenos que caibam no bolso. Assim, quando tiver uma ideia legal, escrevo nele e produzo um texto decente aqui. Mas, neste momento, quem sabe um bom filme de ação me inspire.


domingo, 10 de outubro de 2010

Setores mentais

Olhei novamente aquele vídeo sobre o cérebro masculino e suas caixas.
Mas e as minhas caixas? Vou entrar no terreno selvagem da minha mente e dar uma olhada nelas.

Cheguei na recepção
Eu: Oi, vim dar uma olhada nas caixas. Ver se está tudo ok, sabe...
Recepcionista: Sem problemas, só registre seu nome aqui no livro de visitantes.
Eu: Preciso registrar uma visita na minha mente?
Recepcionista: São suas próprias regras, Sr. Eric....
.....
Subi as escadas, o elevador está temporariamente enguiçado. E tenho a sensação de que conhecia aquela recepcionista ruiva de algum lugar.
.....
Primeiro andar
Assim que entrei, fiquei espantado.
Eu: Chuck Norris? O que você faz aqui?
Chuck: Sou seu guia do primeiro andar. Cada andar tem um guia de acordo com o conteúdo.
Eu: E esse é o andar....
Chuck: Dos registros de pancadarias, violência gratuita e ignorâncias de macho que você cresceu vendo na tv.
Feitoria, meu andar preferido, vasculhei todos os cantos.
Eu: Nossa, eu vi mais filmes de luta do que pensava.
Chuck: E todas as caixas em perfeito estado de conservação, como pode ver.
Eu: Valeu Chuck, continue mantendo tudo em ordem. Expulse as traças na base do chute.
.....
Segundo andar
Quem diria, Angus Young é meu segundo guia. Já imagino o que será.
Angus: Bom dia, bem-vindo ao andar das caixas do Rock'n'roll e Heavy Metal.
Eu: Beleza Angus, nada como rever minha discografia mental e tudo o mais relacionado.
Caixas e mais caixas dedicadas aos discos, shows e eventos. Nem lembrava que era tanta coisa. Desde o mais obscuro Black Metal, passando pelo Hard Faroda, até o pop.
Eu: Opa!! O que essa caixa de pagode tá fazendo aqui?
Angus: Se está aí é porque já passou na sua vida.
Eu: Que vergonha.... Até desanimei de olhar o resto. Vou pro próximo. Até mais Angus.
.....
Legal, o Forrest Gump é o guia do terceiro andar.
Eu: Deixa adivinhar... é um andar relacionado à minha infância?
Forrest: Isso aí, fique a vontade pra reviver.
Caixas com minhas coleções de bonequinhos ("action figures" é o cacete), com as memórias de todos os esportes que tentei jogar, as indiadas com os amigos e, claro, todas as brigas que tive no colégio (a maior das caixas por sinal).
Eu: Ótimo relembrar. Valeu, Forrest Gump.
Forrest: Mamãe sempre dizia pra não esquecer a infância. Lembre-se disso, rapaz.
.....
Assim foi em todos os andares.
O quarto andar é o do fator nerd. O guia era o MacGayver. Quanto coisa inútil e legal ao mesmo tempo.
O quinto andar é o da vida adulta e profissional. O guia era o Willian Bonner. Andar sem graça esse, nada emocionante.
O sexto andar é o das emoções e sentimentos. O guia não estava presente. Talvez isso explique porque as caixas estavam tão empoeiradas e mal conservadas.
O sétimo andar é o das loucuras, desejos e pecados, tudo de idiota ou sem noção que eu já fiz ou pensei fazer. O guia é o Homer Simpson. Preciso lembrar de não permitir que minha mãe entre aqui.
O oitavo andar é o da vida amorosa. Pequeno e apertado, menos caixas do que eu pensava. Pelo menos a guia é a Megan Fox, e ficar em uma sala apertada com ela tem suas vantagens.
O nono andar é o da intolerância e ignorância. O guia é um alemão da segunda guerra que você talvez conheça. Preciso dar um jeito de fechar esse andar, só há coisas a me envergonhar, o lado negro que infelizmente aparece uma vez ou outra. Não pretendo voltar aqui.
.....
Décimo andar
Me deparo com uma sala enorme e só com caixas vazias. O guia é um clone meu.
Eu: Ué, o que tem aqui?
Eu clone: O andar com o que ainda está por vir.
Eu: E porque o guia sou eu mesmo?
Eu clone: Porque só você sabe o que está por vir.
Eu: Esse andar devia ser o da filosofia barata, isso sim.
.....
Voltei até a recepção e me despedi. Agora sei quem é a recepcionista ruiva, é a Lindsay Lohan.
Até que minha mente não é tão complicada, organização é tudo. E, claro, imaginação de sobra ajuda um bocado.


sábado, 2 de outubro de 2010

Amizade masculina e feminina

Vivo em dois mundos. Não, não sou um extraterrestre, mas atualmente minha rotina se divide entre ficar junto de um grupo de mulheres e de um grupo de homens (não, não estou pegando nenhuma dessas mulheres, elas são do trabalho, e os homens são meus amigos). É bom e ruim ao mesmo tempo, pois são muitas diferenças entre os sexos, e eu tenho que encarar.

O Tratamento:
Tem uma velha piada da internet que diz que, ao saírem, Juliana, Natália, Débora e Flávia se chamam, respectivamente, Jú, Ná, Dé e Flá. E quando saem Marcos, Felipe, Rafael e João se chamam, respectivamente, Gordo, Alemão, Rambo e Ogro.
Isso é a mais pura verdade. Ao passo que durante as conversas, para demonstrar a amizade e parceria, elas utilizam termos como amiga/miga/mana/maninha, enquanto eles utilizam corno/viado/broxa/filhadap***. Homens não ficam ofendidos por xingamentos aleatórios, é parte da graça e não levam a sério. Mas se uma mulher xinga a outra.... sai de perto....

O Sentimentalismo:
Nisso não há o que discutir, as mulheres demonstram muito mais emoções enquanto conversam e não costumam esconder como se sentem. Chorar é comum quando falam de algo mais delicado.
Homens são igualmente sentimentais, mas não expressam isso se não fizer parte do contexto da conversa ou sem necessidade (embora aconteça bastante esses momentos de "frescura").

A Objetividade:
Mulheres são subjetivas, gostam de deixar implícito o que realmente querem. Ou, exemplificando melhor, dizem uma coisa pensando outra. Mesmo entre amigas isso é comum e costuma gerar algumas desconfianças, razão pela qual uma mulher sempre está falando mal de outra mulher pelas costas (seja ela amiga ou não).
Homens são objetivos e diretos, dizem o que acham na cara dura pros amigos, à exceção de quando é algo pessoal/sentimental ou que vá manchar sua reputação.

A Diversão:
Mulheres amigas gostam de fazer compras, de sair pra dançar, de ver filmes dramáticos pra chorar, de falar muito de comer brigadeiro e muitas coisas que não passam a mínima emoção pros homens.
Homens amigos gostam de jogar futebol, de jogar videogame a tarde inteira, de beber até cair, de ir na zona e demais coisas ignorantes ou idiotas que não passam a mínima emoção pras mulheres.

A Confiança:
Mulheres dedicam seus pensamentos mais íntimos, experiências, e tudo que é tipo de história pras amigas, mas isso não quer dizer que se achem totalmente confiávies uma para a outra. Não sei explicar, apenas já vi isso, pois nesses tantos grupos de mulheres em que me encontrei falava com todas elas e percebia claramente de quem gostavam ou não, algumas "best friends forever" na realidade se odiavam.
Homens só falam coisas pessoais para os amigos que realmente confiam. Mas a confiança masculina não é de qualquer um, e quando é dito que há confiança, pode acreditar, há confiança.

O Rompimento:
Mulheres se chamam de "amigas eternas", mas uma simpes discussão por causa de um penteado faz com que nunca mais se olhem na cara. Isso não é generalizar (ou talvez seja, sei lá) mas por sempre trabalhar em locais com muitas mulheres vi a quantidade de coisas inúteis (pelo menos pra mim) detonando relações. E, claro, as chances de reconciliação são praticamente inexistentes.
Para um homem ficar de mal com outro é necessário uma "traição" ou grande decepção com o amigo. Mas essas mágoas podem ser superadas se a pessoa que "errou" assume o que fez (o que não acontece tão fácil, pois somos homens e sempre estamos certos). Ou simplesmente resolvem tomar uma cerveja e esquecem a besteira. Só grandes problemas rompem pra sempre a amizade masculina.

Chega, tá muito grande esse texto. Mas, nossa, são tantas diferenças que podem deixar uma pessoa louca. Pensando bem, já me chamaram de louco, mas faz parte.


sábado, 25 de setembro de 2010

Nunca

Nunca consegui assobiar.
Nunca consegui fazer uma bolha de chiclete.
Nunca consegui dar o chute do Chuck Norris.
Nunca consegui fazer um gol de bicicleta.
Nunca consegui bater nos outros com uma escada igual o Jackie Chan.
Nunca consegui
fazer orgia com gêmeas asiáticas achar o amor da minha vida.
Nunca consegui ficar em cima de um skate por mais de 3 segundos.
Nunca consegui entender as mulheres (e alguém consegue?).
Nunca consegui correr mais de 5 quilômetros.
Nunca consegui ver uma comédia romântica e dizer "que legal" ao mesmo tempo.
Nunca consegui fazer uma engenhoca do MacGayver.
Nunca consegui entender a graça do Zorra Total.
Nunca consegui dominar o mundo (mas o que vamos fazer amanhã, Cérebro?)
Nunca consegui completar um livro de palavras cruzadas.
Nunca consegui ir em um show de pagode (espero que se mantenha assim).
Nunca consegui ser falso com meus amigos.
Nunca consegui sair com uma ruiva de óculos (ei, é difícil pacas achar uma).
Nunca consegui conquistar todos os continentes do War.
Nunca consegui parar de tentar conseguir essas coisas.

sábado, 18 de setembro de 2010

Questionamentos

O que as pessoas querem da gente? Essa pergunta por vezes vem me atormentando.

Bem, vamos pelo princípio. Considerando que você é um adulto esclarecido e que tenha metas e objetivos na vida, teóricamente já pensou como e por quais meios realizá-los, independente de estar ou não cumprindo o planejado. Considerando que já está botando em prática, ou melhor ainda, se já conquistou boa parte do que queria, deve ter percebido que há maneiras fáceis e maneiras difíceis, assim como maneiras certas e maneiras erradas. E, considerando também que você não é idiota, deve ter seguido as maneiras fáceis e (suponho) certas, após várias conclusões e provações durante o "percurso".

Com essa divagação aparentemente inútil, percebi como nossa vida é composta de etapas cheias de obstáculos a serem superados e, infelizmente, a maioria desses obstáculos são as pessoas que nos rodeiam. Muitos,conscientemente ou não, frustam teus planos ou vão forçando mudanças.

Alguns pais querem que os filhos estudem acima de tudo, mas ficam indiferentes se eles realmente estão aprendendo algo da vida (que deveria ser o maior dos estudos).

Alguns chefes querem que você dê o máximo de si no trabalho (e não deixam de ter razão), mas não ligam a mínima para o fato desse trabalhador ter uma família ou vida para aproveitar fora do escritório.

Algumas mulheres querem que os homens sejam mais legais e sensíveis, e quando somos ouvimos a destruidora frase "somos apenas amigos, e só isso". (tá, esse é um exemplo meu, mas faz parte do contexto)

Alguns governantes (ou quase todos) querem que paguemos mais impostos para a melhora do país, mas crianças passam fome e a culpa continua sendo nossa.

Muitos querem, poucos cedem.

Posso me focar no estudo didático, mas ao mesmo tempo ser esclarecido sobre a sociedade. Posso dar tudo de mim no trabalho e ao mesmo tempo participar daquelas cervejadas com os amigos nas horas vagas. Posso aguentar a indiferença e humilhação por ser um cara legal com as mulheres e mesmo assim pensar que o amor existe. E posso, na medida do possível, pagar os devidos tributos ao governo na esperança quase vã de um futuro melhor.

Só o que eu não posso é mudar o que eu sou. Se eu tentasse, acabaria sendo um retrocesso de tudo que eu venho batalhando e evoluindo mentalmente, pois eu me tornei o que meus atos determinaram, assim como você com os seus. E, se você é o que é (o que é o que é, lá lá lá), já avaliou todas as questões que eu escrevi ao longo deste texto.

Adaptação para atingir os objetivos, sim. Moldar-se ao que a sociedade e seus a asseclas querem, isso não.

sábado, 11 de setembro de 2010

Descarrego

Acordo, me arrumo, vou para o trabalho. Ahh que legal, o trem e o ônibus lotados. Trabalho o dia inteiro. Ahhh legal, trem e ônibus lotados denovo para ir à faculdade de noite. Estuda, vagabundo. Hora de voltar pra casa e, quem diria, o ônibus da volta também está lotado.

Pois é, cinco de meus dias da semana são assim. Quem disse que conquistar é fácil?

O deslocamento em si não me incomoda, nem o fato de passar quase quatro horas do meu dia em pé dentro de trens e ônibus. O que realmente me incomoda é a ignorância das pessoas que compartilham de minha jornada diária. Nada de respeito ao espaço alheio, empurrões grosseiros e correria apenas para sentar primeiro, falta de agradecimento quando um bom samaritano cede o lugar, gritarias e fuxicos irritantes, e por aí vai.

Aos poucos tenho me desapegado a reclamar de tais situações, a falta de posicionamento da sociedade como um todo tem me desapontado. Não caio no clichê de xingar o brasileiro e exaltar a Europa, como a maioria gosta tanto de comparar, mas eu não acredito mais em uma população justa e honrada. Nem me satisfaz escrever um texto complexo e dissertativo sobre o porquê desse "atrazo" que nós temos no país, centenas de blogs e sites já fazem isso, eu não quero apenas repetir tudo o que já foi dito.

Sabe o que é pior? Eu me considero uma pessoa esclarecida e de bom nível cultural (creio que se você está lendo esse texto talvez pense o mesmo sobre si) mas independente do que eu reclamar do brasileiro em geral, percebo que determinados cacoetes e manias "brasileiras" também fazem parte de mim. Não há porque fingir de culturalmente superiores, possuímos muitos defeitos que vivemos a reclamar nos outros.

Parte de mim é mesquinho, aproveitador, egoísta e oportunista. Você também é. Todos são. Basta apenas o momento certo para que tais características se mostrem, independente de quão correto e honesto tenha levado o resto do tempo. É inato, a consciência popular (o "modo brasileiro") já faz parte de nós, apenas mais exaltado em uns do que em outros. E, convenhamos, nunca vai mudar.

Escrever sobre isso fingindo ser um especialista do assunto não vai mudar nada. Trata-se de uma massagem em meu ego enfraquecido, uma maneira de adquirir auto confiança e descarregar essa quantidade absurda de informações que passam pela minha mente. Você está lendo? Lhe agradeço, e muito. Infelizmente não tenho visibilidade suficiente para fazer alguma diferença. Vá lá, talvez uma hora algum de meus textos vire hit da internet por 15 minutos.

É a evolução humana, e sua estagnação na mediocridade.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sensibilidade é pros fracos

Sou homem, consequentemente ser sensível não faz parte do meu dia dia, embora eu me esforce. Ei, não sou um cara grosseiro ou ignorante estilo Jeca Tatu, mas fui criado sem frescuras e posso ser classificado como um esteriótipo da velha geração (porque a atual, dos coloridos e frescos tenha dó, né). Acontece que, mesmo sendo gentil e legal a maior parte do tempo, de vez em quando sai sem querer querendo aquelas pérolas que deixam as mulheres totalmente enfurecidas.

Segue abaixo alguns exemplos:

Conversando com uma colega da faculdade.
Eu: Tu tem um sotaque bem legal.
Ela: É que eu sou de Carlos Barbosa (cidade berço de colônias italianas).
Eu: Ah, legal, então tu é uma colona?
(Não preciso dizer que quase tomei um tapa.)

Falando com uma antiga.. humm, bem... "amiga".
Ela: Diz a verdade, o que tu acha de mim?
Eu: Acho que tu fala demais.
(Nossa, ainda fico rindo e tentando entender o que me levou a dizer isso. Mas eu tinha 17 anos e era um banana. Óbviamente, nunca mais falei com ela depois)

Quando fiz um cartão de aniversário pra uma colega, e coloquei uma frase bonita de uma banda de Heavy Metal (sim, realmente era uma frase bonita).
Ela: Um pedaço da letra do Judas Priest? Tu acha que eu entendo algo de Judas Priest?
Eu: Acho que tu não entende é de nada.
(Desnecessário dizer que eu não fui no aniversário. Mas caras, faço um cartão todo bonito e na boa vontade e ainda reclamam??)

Uma colega de trabalho exaltando o fato de ter perdido meio quilo.
Ela: Nossa meninas, perdi meio quilo mês passado!!! A dieta está estupenda!!
Eu: Perdi dois quilos semana passada, e nem fiz dieta. Como é legal emagracer sem esforço né?
(Se fosse um desenho animado, creio que sairia um raio dos olhos dela quando eu disse isso)

Quando uma garota numa festa perguntou o que eu achava do vestido dela.
Ela: Comprei ontem esse vestido. Não é legal?
Eu: Tem uma cortina lá em casa parecida com ele.
(Pelo menos a desculpa dessa vez é que eu estava bêbado, mas nem sei como escapei daquele copo que voou na minha cabeça)

Ok ok, já chega. Não faço essas coisas com propósito de machucar, geralmente to meio "desligado" quando me perguntam algo e respondo sem pensar muito, ou simplesmente é sarcasmo e elas não entendem. Mulheres não costumam entender piadas sarcásticas, fato.

Todos cometem falhas de vez em quando. Pelo menos ocasiões como essas geram lembranças engraçadas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Transparência

Teve uma época em que tudo que eu queria era ser invisível. Não gostava do jeito que as pessoas me olhavam, nem como falavam comigo, tampouco me sentia feliz com minha aparência. Não, eu não era uma anomalia da natureza, mas todo adolescente passa por um período de isolamento do mundo.

Óbviamente superei isso, ou não trabalharia na área da comunicação. Hoje em dia, tanto no profissional quanto no pessoal (ô loco meu), o desafio é outro. Ao invés de ficar invisível preciso fazer exatamente o contrário, mostrar aos outros como eu sou e do que sou capaz de fazer.

Meu artifício deixou de ser a invisibilidade e passou a ser a transparência. Preciso transparecer minha índole, minhas qualidades e meus valores, pois é isso que separa os homens de verdade dos falsos e descartáveis da sociedade. Mas essa mesma transparência que nos diferencia e torna superiores pode nos derrubar com um golpe rápido, caso não saibamos utilizá-la.

Ao transparecer seus sentimentos interiores por uma garota corre sérios riscos de ter um péssimo retorno. Ao transparecer para um grande amigo o que realmente pensa sobre determinadas decisões dele, pode muito bem perder a amizade. Ao transparecer no trabalho suas verdadeiras opiniões sobre algo questionável o próprio cargo está em perigo.

A transparência é nossa amiga e nossa inimiga. Utilize-a para seu desenvolvimento pessoal, torne-se uno com a verdade e desfrute dos benefícios. Porém a ponderação sobre o que realmente deve ser transparecido sempre deve ser levada em conta.

As pessoas precisam ver como você é, para não haver falsos julgamentos ou mentiras, mas não as deixe ver mais do que o necessário.

domingo, 22 de agosto de 2010

Macho Life Style

Domingo, inicia a preparação para o acontecimento do ano.

12h45: Almoço. Só carne, é o que os machos carnívoros precisam.
13h30: Maratona de Seinfeld. É o que os machos inteligentes curtem.
15h25: Treino de boxe no fundo do pátio. É o que os machos guerreiros fazem.
16h00: Manowar a todo volume. É o que os machos motafócka ouvem.
17h10: Banho. Macho sujo não funciona nessa sociedade. MAS SEM SABONETE PRA PELE SUAVE!!
17h40: Indo para o cinema ver o filme do Stallone. HELL YEA, BITCH!!

Bem, esse foi o ritual pra ir ver o filme Os Mercenários. O ápice da macheza. A cereja no topo do bolo. A última bolacha do pacote de trakinas... enfim, é o filme de MACHO que não faziam a pelo menos 15 anos.

A história? A bem, o Stallone e os caras vão matando todo mundo de maneira cruel e sanguinolenta por dinheiro (posteriormente porque o Stallas quer uma gostosa) enquanto toca um bom e velho rock'n'roll. Sim, isso é tudo. Não, não estou brincando.

Os personagens:
Stallone: Cara fodão que tem um grupo de mercenários e mata geral quando necessário.
Jason Stathan: Cara fodão com as facas que mata geral.
Jet Li: China fodão louco por dinheiro e que mata geral (e dá porrada geral).
Dolph Lundgreen: Cara fodão viciado e meio louco que mata geral por diversão.
Terry Crews: Negão da metralhadora fodão e que mata geral também.
Randy Couture: Cara problemático que vai no psicólogo, mas é fodão e mata geral.
Mickey Rourke: Cara fodão aposentado. No passado matava geral.
Arnold Schwazenegger e Bruce Willis: São ambos fodões, e fica implícito que eles matam geral antes do café da manhã.
Gisele Itié: É a gostosa do filme. Não mata geral, mas é causa da matança final.
Demais personagens do filme: Estão lá apenas pra morrer.

Tiros. Explosões. Facadas. Porradaria. Mais tiros. Mais explosões. Mais porradaria.

A muito tempo que eu não me sentia tão bem vendo um filme. Você que é macho de verdade e abomina essas modas de vampiros homossexuais, coloridos alternativos e romantismo de segunda, veja Os Mercenários. Só faltou uma cena de bar com o Steven Seagal e o Chuck Norris brigando com o Van Damme e o Danny Trejo pra atingir a perfeição. E talvez mais algumas frases de efeito... bem, mesmo assim fica no meu top macheza.

domingo, 15 de agosto de 2010

Man on the silver mountain

As emoções negativas devoram a alma de um homem sadio facilmente. O desafio consiste em trazer luz às trevas e ordem ao caos. Faça as situações ficarem a seu favor com cinco palavras: planejamento, coragem, perseverança, disciplina e honra.

Não, isso não é um texto motivacional, muito menos de auto ajuda. Apenas me deparei com uma semana difícil (em aspectos diferentes) e cheguei a reflexões pertinentes após uns momentos dedicados ao mais completo vazio existencial (rá, frase bonita essa hein).

O planejamento é a base para toda a nossa vida, aqueles que dizem frases clichê como "chega de planejar, quero curtir a vida" são pessoas que fizeram bobagem sem pensar. Descubra o que você quer e veja como pode realizar de maneira viável.
A coragem vem como o nível dois pelo fato de ser aquilo que vai nos fazer arriscar o caminho traçado, porque depois de estabelecido você deve seguir seu planejamento.
A perseverança vem como um complemento da coragem. Não adianta nada você começar e parar logo nos primeiros obstáculos. Persista e lute pelo que quer.
A disciplina entra como o elemento crucial. Não adianta ter a coragem de seguir o que foi planejado e a perseverança se não fizer direito as coisas. É que nem o cara que vai pra academia com o objetivo de emagrecer e após os exercícios como dois cachorros quentes.
A honra eu nem preciso explicar, né? Se você não segue seus objetivos honradamente nem merece concretizá-los.

É assim que vou seguir em frente e é assim que, aos poucos, realizo minhas conquistas. O trecho da música abaixo é do meu ídolo máximo, Ronnie James Dio, que a alguns meses já não se encontra entre nós, e me inspirou a pensar tais conceitos.

Eu sou uma roda, eu sou uma roda
Eu posso rolar, eu posso sentir
E você não consegue me fazer parar de girar
Porque eu sou o sol, eu sou o sol
Eu posso me mover, eu posso correr
Eu sou o homem na montanha prateada
(Man on the Silver Mountain - Dio e Blackmore)


sábado, 14 de agosto de 2010

A caixa do nada

Momentos de reflexão geralmente surgem do nada, desta vez não foi diferente. Ao olhar um vídeo no youtube me deparei com a incrível descrição do cérebro masculino e sua divisão em caixas. Claro, é um stand up muito engraçado, mas a questão da "caixa do nada" me deixou muito inspirado.

Resumindo, o cara explicou que o cérebro do homem seria uma divisão com várias caixas, cada uma para uma coisa em específico, e os assuntos não se misturam. E, dentro centenas ou milhares de caixas, existe a "caixa do nada", onde, basicamente, não há nada. E, como o cara disse no vídeo, é nossa caixa preferida. E com razão.

Após um dia exaustivo, de uma aula puxada, de uma festa de arromba, tudo o que queremos é nada. Para botar a cabeça no lugar, precisamos apenas de nada. Para acalmar os nervos de tomar um fora de uma garota que gostava só basta ficar parado e fazer/pensar absolutamente nada. Qualquer problema pessoal pode, ao menos momentanealmente, ser resolvido com nada.

E é isso. Sério. Muitos homens vão adiante em suas vidas e resolvem as coisas porque em algum momento pararam e dedicaram um momento crucial destinado ao "nada". É uma terapia baseada no método mais simples que possa existir.

Mulheres são diferentes, precisam se sentir úteis, saber que sua presença é essencial para alguma tarefa, e necessitam realmente de incentivos e palavras motivadoras de outras pessoas para se sentirem realizadas. Uma simples cara feia ao pedir algo ou não agradecer com um "obrigadoooooo, você é super legalll, resolveu tudooo" pode botar tudo a perder. Para um homem basta dizer "bom trabalho" ou que ele é uma pessoa de confiança e tudo está perfeito. Basta saber que ele tem a capacidade de fazer, isso é o suficiente, e mais "nada". Sem nhem nhem nhem, ti ti ti, xá xá xá.

Ou seja, o homem gira em torno de uma vida com objetivos que culminem com o nada. A realização masculina reside em passar todos os obstáculos e, após concluído o percurso, parar e ... mais nada. Após esse momento de nada que pensaremos os próximos desafios e metas.

Chega, to viajando demais aqui. Vou parar e dedicar um tempo ao nada, talvez depois eu volte e faça mais um artigo. Por enquanto, não escreverei nem pensarei mais nada. Literalmente.

domingo, 8 de agosto de 2010

Uma câmera e uma ideia

A alguns anos MTV era sinônimo de bons clipes para nosso entretenimento. Infelizmente esse canal nunca pegou muito bem na minha casa, então eram raras as oportunidades que eu conseguia assistir alguma coisa. Porém, de uns tempos pra cá, tem sido com mais frequencia as vezes em que consigo ver e, nossa, como estou decepcionado.

Pra começo de conversa a programação da MTV (e da grande maioria dos canais de clipes da tv a cabo) são compostos quase que exclusivamente de Rap, mulheres gostosas que acham que cantam e bandas Indie/Emo. Isso não é de se espantar, é até lógico, tendo em vista que são comercialmente mais viáveis que os demais estilos. O problema é que eu não estou escrevendo para analisar as músicas, e sim os clipes, e aí que o bicho pega.

É TUDO IGUAL!! MESMA FÓRMULA PRA PRATICAMENTE TODAS AS BANDAS!!!

Até imaginei um diálogo entre o produtor de um clipe a la mtv e um subordinado qualquer:

Subordinado qualquer: Bem, o clipe é da Beyoncé, precisamos de uma boa ideia.
Produtor: Pôe ela rebolando em oito lugares diferentes e com roupas provocantes total style. Os caras vão babar e garotas vão querer se vestir igual.
Subordinado qualquer: A gravadora quer que esse clipe seja comercialmente bem sucedido.
Produtor: Aqui, pega esse número, é do Snoop Dogg. Diz pra ele fazer umas cinco frases sobre como é bom ser rico e a gente pôe ele com umas correntes de ouro do lado da Beyoncé.
Subordinado qualquer: Em que parte?
Produtor: Na parte que ela tá rebolando do lado da ferrari do Snoop.
Subordinado qualquer: E a gravadora também quer que esse clipe tenha repercussão com a garotada mais nova, na faixa dos 13 anos.
Produtor: Aqui, pega esse número, é do Justin Bieber. Ele pode aparecer dançando quando ela estiver rebolando numa festa.
Subordinado qualquer: Certo, vou cuidar de tudo isso. Com relação a música...
Produtor: Ah, nem esquenta com isso. Depois de editar as melhores reboladas dela a gente pôe a música no fundo do vídeo. Só pede pra de vez em quando ela mexer a boca pra fingir que tá cantando.
Subordinado qualquer: Perfeito, o senhor é um gênio, um homem de visão.

Pronto, é isso. Sério, os clipes de rap e das mulheres cantoras se resumem ao que foi posto nesse diálogo. Os clipés Indie/Emo eu me recuso a comentar, mas todos seguem um padrão, mudando eventualmente algumas coisas pra deixar mais "maneiro" e mostrar como eles são "legais e cools". Já se foi aquele tempo dominava a criatividade, e tendo uma câmera e uma boa ideia o céu era o limite.

Maldita geração criada a leite de pera ovomaltino. Preciso de rock'n'roll.

domingo, 1 de agosto de 2010

Um verbo, vários significados

Dependendo da entonação, colocação ou variação, um simples verbo pode significar muitas coisas dentro de uma frase. E o verbo que mais me chamou atenção esses dias foi "FODER". Simples, direto e eficaz, essa pode ser a descrição para a utilização dele nas frases.

Impregações diversas do verbo foder no cotidiano:

"Vá se foder!" - A utilização mais simples, para xingamentos em geral.

"Tu é um fodido." - Utilização para designar alguém que está "na merda" a algum tempo.

"Tu tá fodido." - Utilização pra designar alguém que ESTARÁ "na merda" em pouquíssimo tempo.

"Tu é foda." - Ao contrário dos anteriores, esse designa alguém sortudo ou com capacidades acima do normal para determinadas tarefas.

"Fudeu!" - Exclamação para resumir uma situação de desastre total.

"Foda!!" - Outra exclamação, mas desta vez para dizer que algo é muito bom, ou surpreendente.

"Hoje vai ser foda." - Frase comum para os dias de trabalho difíceis.

"Vou tocar um foda-se e é isso!" - Utilizada para situações em que enchemos o saco de algo e largamos de mão.

"Foda-se." - Frase comum para quando ignoramos algo ou alguém.

Claro, o verbo foder as vezes tem relação com sexo, mas fica mais como esses acima hehe.

Tá, vou ser honesto, fiz esse post só pra botar a imagem abaixo. HAHAHAHA

domingo, 18 de julho de 2010

Por fora das coisas

Me sinto um velho careta. Não por causa da minha idade avançada (20 anos), nem por ideias retrógradas ou ultrapassadas (bissexualismo é frescura, ou um ou outro) mas pelo simples fato de que não conheço a grande maioria das novidades musicais dessa juventude moderna.

Deixe-me explicar melhor. A alguns anos, quando eu ainda estava no segundo grau (lá nos longínquos 2006 e 2007) encontrava-me a toda sabedoria dos jovens e suas tendencias, seja no ambiente musical, vestimentas ou gostos inusitados. Embora eu odiasse praticamente tudo, nada me escapava, sempres estava por dentro dos assuntos. Até sobre as bandas emos/rappers/vidalokas que tocavam nas rádios e MTV.

Certo, saí dessa fase ao entrar na faculdade, onde meus horizontes e conhecimentos se ampliaram. Bem, pelo menos é o que eu achava até a pouco tempo.

Resolvi ver tv esses dias, coisa rara pra quem trabalha e estuda diariamente. Liguei na MTV. Imagine a minha cara ao não reconhecer praticamente nenhuma banda ou artista apresentados pelo canal. Todos com a mesma ruindade que tinha antes claro, mas mesmo assim nenhum nome me era familiar. Como pode ter mudado tanto???

Em alguns lugares que eu vou algumas rádios ficam tocando enquanto comemos ou olhamos a internet. Porra, nenhuma música ou banda das rádios jovens estava presente na minha mente (menos NX Zero e Fresno, esses eu ainda peguei o início). E as roupas e cabelos da garotada não fazem sentido, não conheço o "movimento" a que elas pertencem. Quem dirá então quando falam das bandas preferidas perto de mim???

A gota d'água foi quando voltei a fazer academia esse mês, e fica ligado uma tv com o canal de clipes durante os exercícios. Puta merda, em nenhum, mas nenhum mesmo, eu reconheci as músicas ou cantores!!!! De onde surgiu essa leva de músicos, sendo que sequer me eram familiares os nomes????

Restart, Justin Bieber, Lady Gaga, Cine, Tokio Hotel, tudo isso é coisa que descobri por acaso graças a piadas na internet. Mas bem por acaso mesmo, porque nem fazia ideia que existiam até uns dois meses atrás.

Tá, não faço questão de conhecer essas porras todas, continuo achando um monte de ***** fumegante. Mas me sinto um dinossauro musical. É chato ver que essa fase já não me pertence mais, e que nessas ocasiões fico totalmente deslocado dos demais.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

O garoto

Naquele dia em especial eu havia chegado mais cedo do trabalho, e me encontrei com a casa vazia. Sentei no sofá e liguei a tv, onde passava o filme "Duas Vidas" do Bruce Willis, aquele onde o cara encontra a versão dele criança. Fiquei assistindo por uns minutos, até que olhei pro lado e tomei um baita susto. Encontrei a mim mesmo, com mais ou menos oito anos de idade, sentado no canto oposto do sofá.

Eu: Ei, que tá fazendo aqui?
Eu menor: Tô esperando começar o filme do Stallone. Acho que tá quase na hora.
Eu (meio tonto com essa): Não passa mais filme do Stallone de tarde guri, as emissoras vetam tudo que tem violência.
Eu menor: Ahhh não, sempre é assim, nunca consigo o que quero...
Eu: Qualé cara, tu tem uma vida boa. A mãe dá tudo que tu quer, todo mundo é carinhoso contigo, sempre progride em tudo que faz e é cheio de brinquedos.
Eu menor: Mas nem posso sair pra brincar na rua. Que saco.
Eu: Mas vai poder cara, vai poder muita coisa.
Eu menor: Tem certeza?
Eu: Absoluta.
Eu menor: Vou poder pegar o carro e sair por aí bebendo, brigando e xingando todo mundo?
Eu: Tá, não vai poder fazer tudo. Aliás, que idade tu tá agora?
Eu menor: Oito.
Eu: Então aproveita pra bater nos outros enquanto pode, porque a partir do próximo ano vai ter que parar com isso, vai encher de gangues na escola.
Eu menor: Saco. E como é ser adulto?
Eu: Não muda muito do que tu é agora, com a diferença que eu já aprendi várias lições que tu ainda tá por ver.
Eu menor: Me diz tudo que eu preciso saber, daí já fico preparado.
Eu: Não. Nunca espere nada dos outros, acabará descobrindo por ti mesmo.
Eu menor: Tá bom, tá bom.
Eu: Mas te dou umas dicas. Vai anotando aí.
Eu menor: Oba!!
Eu: Sem mentiras e trapaças, independente do que os outros façam. Pagode é uma merda, ouça AC/DC e Judas Priest. O que tu tanto olha quando aquelas gurias passam é mais normal do que tu imagina, vai descobrir que não é tão estranho assim. E por último, mas não menos importante, brinque com o seu cachorro o mais que pode, faça dele um bichinho muito feliz.
Eu menor: Tá bom, não entendi muito bem, mas vou lembrar disso tudo.
Eu: Acho que não vai lembrar, te conheço muito bem hehe.
Eu menor: Posso te fazer uma última pergunta?
Eu: Faça.
Eu menor: Quantas tu já namorou? 15? 20?
Eu: Olha, nem tantas que tu possa te glorificar, nem tão poucas que tu possa te desesperar.
Eu menor: Que baboseira hein, acha que é fácil me enrolar, é?
Eu: Sim, vai descobrir que é muito fácil, já disse que te conheço muito bem.

Pra escapar de mais perguntas como aquela troquei de canal. Não é que tava mesmo dando o filme do Stallone no meio da tarde? Bem o Stallobe Cobra, e na parte do assalto no supermercado, minha (nossa) preferida.

"Você é uma doença. Eu sou a cura." - Dissemos ao mesmo tempo, para meu espanto.

"É, alguns hábitos e gostos não mudam, ainda bem", pensei. Mas quando virei a cabeça para comentar isso com o meu eu pequeno, o canto do sofá estava vazio. A criança voltara para o lugar de onde surgira, e de onde espero que nunca desapareça. Voltara para dentro da minha mente.