Olá, que bom ver você aqui. Sabe, durante esse ano eu fui muito ausente, devo ter escrito somente 3 ou 4 textos. Quebrei minha própria regra de quando criei o blog, de que sempre manteria no mínimo uma atualização a cada duas semanas. Vendo aqui, reparei que criei ele a longínquos seis anos. É muito tempo, ainda mais para um blog que o único objetivo é digitar pensamentos vez ou outra. A imensa maioria desiste após um ano, ou até após um mês.
Que coisa mais antiquada, ficar fazendo textos, não acha? E de certa forma eu sou antiquado. Ou, talvez usando uma palavra melhor, tradicional. Sim, eu gosto do tradicional, mesmo que reinventado a ponto de ser um tradicional moderno.
O que quero dizer com tudo isso? Nada, são apenas pensamentos. Tudo neste blog são pensamentos.
Ao longo de 2014 o que não me faltaram foram pensamentos. Tantos e tão complicados que nem consegui colocá-los escritos aqui. Sim, foi um ano difícil, muito difícil. Inúmeras vezes pensei em escrever como me sentia, mas quando me sentava em frente a tela, simplesmente não conseguia.
O que aconteceu de ruim em 2014?
Problemas. Todos tem problemas. Problemas me deixam insatisfeito.
Insatisfação no emprego, que culminou em uma amarga demissão.
Insatisfação no amor, que culminou em um sofrido (ao menos pra mim) rompimento.
Insatisfação no corpo, pois com os dois problemas anteriores me descuidei com má alimentação e bebidas.
Insatisfação espiritual pois, ao ver expectativas não sendo atingidas, me deprimi.
Pouquíssimas vezes me vi sem forças. Eu sempre representei um "porto seguro" para as pessoas que me rodeiam, por ser efetivo, por ajudar os outros a superar seus problemas e sempre permanecer com um sorriso no rosto e uma palavra amiga e racional. Mas eu não conseguia superar os meus próprios contratempos. Minha fachada de paz e racionalidade escondia inquietação e desespero.
Entretanto, ao mesmo tempo que tive esses desgastantes problemas, me vi livre pra pensar e refletir. Reconsiderar atitudes, pessoas, oportunidades. Mesmo diante de tantos "erros" ainda permaneciam muitos acertos.
Minha família e amigos permaneceram ao meu lado, como sempre. Aliás, alguns tiveram exatamente os mesmos causos que eu (na vida profissional e amorosa), e nos ajudamos mutuamente. Isso serviu pra ver que, por mais que tudo esteja uma desgraça, tem gente que compartilha da mesma situação.
Resolvi dar a volta por cima. Se no começo desse blog eu escrevia que sempre me esforçaria diante das adversidades, então eu manteria minha promessa.
Arranjei outra emprego. E melhor que o anterior, em todos os aspectos.
Arranjei outros amores, mas nisso não posso dizer se melhores ou piores que o anterior, pois cada pessoa tem suas qualidades e defeitos.
Voltei aos estudos. Eu sentia falta, mas não só isso, é necessário para me tornar cada dia mais profissional.
Além disso, resolvi realizar um sonho de infância: virar lutador. É sério. Agora sou praticante de Muay Thai, já até me graduei, e pretendo continuar subindo de nível até virar um Jackie Chan do guetto. Detalhe que isso resolveu em parte meu problema de peso, pois agora estou ficando com um porte físico de lutador. Invejem-me, comedores de bacon.
Seis meses atrás, eu sentava aqui com um copo de bebida e ficava lamentando meus erros. Hoje eu sento aqui e penso que a vida, ah a vida, ela é uma caixinha de surpresas (como dizia o Joseph Climber). Quem imaginou que eu terminaria o ano com o coração tão leve?
Me olho no espelho e consigo sorrir verdadeiramente. Certamente o próximo ano trará outros problemas, isso se os que tive esse ano não retornarem. Entretanto, eu treinei tanto física quanto emocionalmente pra dar uma porrada na cara dos problemas. Uma porrada estilo Chuck Norris.
Assim como a música do Nazareth (do disco cuja capa ilustra este post, Expect no Mercy):
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