Mas o interessante é que todos os grupos possuem seus códigos próprios. No ensino médio volta e meia alguém gritava “pão”, “queijo” ou “coca-cola” no meio da aula. Eu e mais alguns estávamos por fora. Nunca entendi porque essa babaquice até que, anos mais tarde, um amigo me contou que era tiração de sarro com o gordo da turma em virtude de uma gordice que ele tinha feito envolvendo esses três elementos. Era tão secreto que nem ele entendia, inclusive o próprio gordo aderiu a gritar esses termos de vez em quando (um raro exemplo de auto bullyng).
No meu primeiro estágio eu e mais três amigos utilizávamos o termo “plets” pra descrever contatos corporais com o sexo oposto. Com essa tática encobertando as palavras mais obcenas, conversávamos tranquilamente durante o dia (Ei cara, consegui um plets com a fulana ontem). O termo “Kapião” é outro que apenas eu e mais uns dois amigos próximos conhecemos, e está devidamente explicado neste texto.
Esses são apenas alguns exemplos meus, há muitos outros, de muitos grupos de amigos, de muitos ambientes que frequento. E, como não poderia deixar de ser, você que lê esse texto certamente tem muitos códigos e palavras que só fazem sentido em determinada roda de amigos.
Há algo de errado com os códigos secretos? Claro que não. O erro encontra-se quando são utilizados para aqueles que não estão familiarizados com o contexto do termo. Dizer All Your Base Are Belong To Us em um grupo de pessoas não nerds só lhe faria parecer um idiota, e não um cara cool com tiradas geniais.
Nem sempre as pessoas entendem o que você quer dizer.
2 comentários:
Problema mesmo é quando esses códigos secretos são descobertos por quem não deveria =)
Beijo.
Ah, concordo e assino em baixo =)
bjos
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