Esquemas Ordinários
Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
Reorganizar a mente
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Indomável
No começo do blog eu escrevi sobre não cair na tentação da bebida alcoólica, aqui. Relendo, ainda é um texto impactante, mas eram muitas angústias de um Eric recém saído da adolescência, cheio de conflitos internos. Hoje, é o mesmo assunto, mas sob outra perspectiva, de um Eric já maduro (tá, nem tanto).
A bebida é uma escapatória rápida da realidade, mas ela é viciante e domina a mente. Eu sou profissional em minha rotina, nenhuma gota de álcool de segunda até sexta fim do dia, eu preciso de sobriedade (mesmo contra vontade) para lidar com meu trabalho.
Antigamente eu tinha uma regra, eu beberia apenas um dia na semana. Ou sexta, ou sábado ou domingo. Claro que, no auge da minha juventude, rapidinho virou dois dias, pois que jovem não faz arruaça sexta e sábado sempre que possível? Eventualmente, mesmo bebendo os dois dias, no domingo iam mais umas para fazer aquele churrasco ou apenas para finalizar o final de semana. Percebe a escalada?
O que antes era com ímpeto de felicidade se tornou necessidade. De maneira que uma sexta ou sábado sem álcool a boca fica seca, parece que algo está faltando. Para alguém que é mais jovem e forte, cheio de amigos e saindo, isso até pode fazer algum sentido, mas para um homem feito é um aviso de que algo está errado.
Eu tenho fases, nunca caí de fato dentro da bebida como um alcoólatra, mas a tentação é forte e, quando vejo que está me dominando, ativo o Dark Eric Guerreiro e expurgo ela de meu corpo. Passei por isso a pouco, me vi bebendo direto em meu tempo livre, querendo sempre mais, sendo que o efeito parece cada vez menor. Antes 3 latas para fechar uma sexta de muito trabalho, e eram o suficiente, de repente me vi tomando 6 e escalando para mais.
Não posso me permitir isso. Eu sei que sou um homem amargurado por algumas escolhas e acontecimentos na vida, mas não posso ceder a algo tão fraco. Não posso me afogar no álcool. Se é para me afogar, que seja em êxtase nos braços de alguém especial, que seja de felicidade olhando uma manhã de sol, que seja de alegria legítima com família e amigos (e eu tenho os dois). Afinal, eu sou um ótimo nadador, e devo manter meu espírito indomável para a alegria vazia que o álcool traz.
Que até os últimos dias, a garra para virar minhas escolhas continue. Que eu permaneça Indomável em essência, me deixando controlar apenas pelas emoções e sentimentos transformadores.
Mais uma vez, obrigado pela sua leitura.
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Inspiração
Sim, vou cumprir a meta de um texto por dia esta semana, parando amanhã que é feriado em meu Estado. Que orgulho. Provavelmente após isso vou deixar um hiato de pensamentos, voltar a escrever apenas quando vier aquela inspiração.
Mas o que me inspira?
É complicado, cada um tem suas motivações próprias, eu comentei dois textos atrás que raiva e ódio são o que costuma me mover para mudanças, mas não são as inspirações para os momentos delicados e reflexivos.
Eu me inspirei outro dia quando minha cadelinha pulou em minha cadeira e me abraçou. Sim, ela me abraçou, mesmo que irracionalmente, aquilo me encheu de alegria. Em uma manhã de sol, logo que acordei, me inspirei ao olhar para as árvores da minha casa e ver diversos passarinhos cantando, fui tomado por uma paz de espírito.
Eu me inspiro com uma conversa sincera, em rever alguém que a muito não via, em ouvir uma música que faça eu viajar para longe, o fato de estar respirando e levantando a cabeça frente a tudo que me acomete é uma inspiração por si.
Eu olho meu rosto no espelho, não sou mais aquele garoto risonho e cheio de expectativas, mas sempre que me vejo em um momento transformador eu sinto uma renovação de juventude. Preciso me inspirar mais, preciso manter a juventude de meu coração, o fogo do guerreiro não pode apagar sem luta.
Se você está lendo isso, seja hoje ou daqui a 10 anos, você é uma inspiração para minha escrita. Obrigado e até mais.
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
Hector Invictus III
terça-feira, 17 de setembro de 2024
Você pode andar sob o Sol
Que coisa, depois de um hiato de quase 4 anos, eu tenho vontade de escrever dois dias seguidos? Quem sabe essa semana não faço um texto por dia. Sei que aqui temos poucos leitores, não sou alguém famoso, mas eventualmente esse texto chega em uma nova alma que busca bons textos.
Acho que já comentei em muitos textos que meu ídolo máximo na música é o falecido Ronnie James Dio. No mundo do Rock/Metal é chover no molhado falar da importância dele, mas se você não o conhece, é provavelmente o maior vocalista da história do Heavy Metal, pois ele teve lançamentos de sucesso e importância em basicamente tudo que ele passou, dos anos 60 até o falecimento no começo dos anos 2000. Sempre se reinventando, com letras magníficas, um peso inigualável e dentro de bandas que fizeram história para gerações de jovens revoltados.
Tá, mas o que tem de mais? Para quê estou falando disso?
Acontece que ele tem algumas das músicas que mais me impactaram em momentos específicos. Quando precisava crescer e buscava meu lugar ao sol, eu me via o Homem na Montanha Prateada (Man on The Silver Mountain). Quando queria me arriscar e ser intenso, nada como desafiar o destino e Morrer Jovem (Die Young). Já caí de amores por uma Garota do Campo que levou minha alma (Country Girl). Já me imaginei em grandes aventuras matando dragões (Killing The Dragon) e também já me senti como se estivesse morrendo ao amanhecer, de novo e de novo (Over and Over).
Não tenho nenhuma conexão tão forte com qualquer outro artista/banda. Mesmo aquelas músicas fantasiosas, sempre me deparava com alguma frase que me motivasse, que me transformasse, que fizesse uma reflexão.
A frase título é da música Cought in The Middle, cujo trecho abaixo é renovador:
Ao olhar para dentro de si mesmo
segunda-feira, 16 de setembro de 2024
Olhe pro Abismo
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Não tenho mais idade para comprar o que eu não quero
Olá, a quanto tempo!
Sim, fiquei muito tempo sem digitar nesta plataforma. Aqui sempre foi um ambiente de imersão, onde transmito angústias, felicidades, inquietudes e reflexões. Os blogs de certa forma estão morrendo frente as mídias imediatistas, mas nem me importo. Não sou desatualizado, mas sou um cara que ainda compra CDs. O antigo nem sempre é ultrapassado.
Mas o que o título tem a ver com isso?
Já não sou um garoto, tampouco um idoso, mas tem uma época na vida que simplesmente estamos maduros. Ok, nem sempre, outro dia eu estava imitando os Jutsos do Naruto quando encontrei a Úrsula Bezerra (dubladora dele). Mas enfim, o que quero dizer é que a maturidade traz visões diferentes, balanço diferente nas decisões e uma avaliação mais correta de acordo com nossa moralidade.
Eu estava para comprar um novo carro. Fiquei em dúvida entre alguns modelos, avaliando isso aquilo. Quando achei o ideal (o atual Etios, meu xodó) estava um pouco acima do que eu tinha estipulado. Mas eu lembrei de uma frase que um colega advogado disse uma vez para meu outro colega. Contextualizando, o advogado estava calculando quanto precisaria financiar para comprar um carro que queria. Meu outro colega mandou um "mas por quê não compra então um mais barato e deixa esse pra outra outra?". Ao que ele disparou, educadamente, a frase título deste texto:
Fulano, não tenho mais idade para comprar o que eu não quero.
Por mais bobo e até de certa forma egoísta este pensamento, isso entrou na minha mente anos atrás e sempre ficou. O motivo? Porque eu concordo. Se você quer muito algo, esforce-se e adquira, mas não arranje outra coisa que não é o que queria porque "é o que dá no momento".
Obvio que não levo ao pé da letra, no sentido de sempre desejar aquela coisa caríssima. Mas é uma infelicidade adulta você ter que "se contentar" com algo que não te agrada.
Me esforcei um pouco mais e comprei o carro que eu queria. Quando quero uma roupa, livro, um acessório específico, junto o dinheiro e compro o que é meu desejo. Da mesma forma, quando quero fazer algo para alguém, faço como deve ser feito, como é o esperado, não mal feito. Acho justo não adquirir o que eu não quero na mesma medida que não vou dar aos outros o que eles não querem.
E este texto, é o que eu quero dar para você ler. É meu esforço, espero que o receba de bom grado. Afinal, não tenho mais idade para escrever o que eu não quero.