Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

domingo, 28 de julho de 2013

A saga de uma capa

Quando era pequeno, primeira ou segunda série do ensino fundamental (não lembro ao certo), eu tinha um caderno pequeno pra escrever. A capa era de um cara pilotando uma moto "irada".

Como todo bom estudante de colégio público, ao final de cada ano jogava fora meus cadernos com as matérias vistas. Mas esse caderno, mais especificamente a capa da motinho, me prendeu a atenção. Arranquei a capa e guardei nas minhas coisas. Mas esqueci completamente dela com o tempo.

Alguns anos depois, quando fui fazer aulas de desenho, encontrei ela novamente no meio de papeladas antigas. A partir daí ela passou a fazer parte do meu material para desenhar futuramente, pois eu ainda gostava daquela capa. Mas não desenhei porra nenhuma. Acabou que dei uma parada nos desenhos e a esqueci completamente (outra vez).

Esse final de semana, basicamente 10 anos depois da última vez que a vi, estava mexendo em papelada antiga, colocando coisas na minha estante nova. Encontrei meu material de desenho antigo (não parei de desenhar, que fique claro, mas aquele material nunca mais usei).

Entre tantas coisas, essa capa de caderno infantil permanece na minha vida. Não a joguei fora, ainda a acho bacana. Aliás, sinto que ela, de alguma forma, faz parte da minha história. Por que a guardei? Como pode algo tão banal permanecer a mais de 15 anos entre minhas coisas?

A arte do desapego é algo que não me pertence, dou valor pra coisas mínimas e, aparentemente, bobas. Mas não importam os motivos. Coloquei a capinha nas minhas coisas novamente. Quem sabe daqui a 5 ou 6 anos a redescubro e reescrevo esse texto.

P.S.: Eu a digitalizei para colocar nesse texto. Capa maneira, né?

terça-feira, 9 de julho de 2013

Maldito ônibus


Voltava do trabalho, mais um dia de correria se encerrando, me encontrava no ônibus voltando para casa. Aquele maldito ônibus que sempre atrasava, sempre lotado... enfim, mais uma volta pra casa como todas as outras.

Pessoas por todos os lados. Gosto de observar pessoas e seus trejeitos, suas ações quando solitários, seu modus operandi. Curiosamente identifiquei um rosto conhecido, apesar de não lembrar nome ou de onde conhecia. Forcei a memória por uns minutos, até perceber de onde conhecia, era uma colega que tive nos primeiros anos de escola, uma longínqua época em meu período vital.

Não faço ideia do nome, só sei que brincávamos eventualmente no pátio do colégio e fizemos alguns trabalhinhos escolares juntos. Nunca mais vi nem conversei, só sei que conheci.

Me aproximei para puxar conversa, pelo menos quebraria um pouco a monotonia de sempre no maldito ônibus.

Ao chegar perto, vi que tinha fones de ouvido, e mesmo com eles ficava claro e em bom som o funk carioca que emanava. Algo como "vai novinha, vai novinha" ou sei lá o quê.

Voltei para meu lugar, esperei até chegar minha parada e descer do maldito ônibus. As vezes é melhor deixar o passado quieto.