Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Entre museus e memórias

É muito interessante como as vezes você está em todas as partes de uma cidade e mesmo assim não conhece lugares óbvios, como museus. Poisé, Porto Alegre tem um monte de museus. Eu já visitei vários, mas um em específico eu nunca tinha ido, o Museu do Exército.

Adentrei aquele recinto em um dia de folga e me arrependi de não ter feito isso quando criança haha. Diversas "máquinas de guerra", tanques gigantescos com seus canhões proeminentes, carros blindados, sessões com armas antigas.... tudo que deixaria o pequeno Eric eufórico. Infelizmente ali era o Eric adulto, então tive que me conter e não sair pulando por tudo.

Vieram as lembranças das brincadeiras infantis. Eu pegava as roupas militares velhas e mofadas do meu avô (para desespero de minha mãe) e vencia várias guerras com muito tiro, porrada e bomba. Alimentado por filmes do Chuck Norris, Stallone e Schwarzenegger, o pequeno Eric era um guerreiro invencível que sempre tinha um tiro de misericórdia para o general russo/vietnamita/afegão ou qualquer outro que fosse o inimigo da américa.

Foi uma bela tarde de folga, com certeza. Ah, e com certeza eu subi em um tanque para usar a metralhadora, vide registro abaixo =)


sábado, 7 de outubro de 2017

Como lágrimas na chuva

Outro dia eu estava no trem, como em todos os dias úteis da semana, pensando na vida, no universo e tudo o mais. Olhei ao longe e vi um rosto familiar. O semblante me lembrava alguém, mas demorei uns minutos a perceber, era um antigo amigo de infância. Eu não o via desde, sei lá, os meus 8 ou 9 anos.

Sabe quando surge aquele momento projetor de cinema, e vários rolos de filmes ficam passando pela mente?

Ele era meu melhor amigo naquela época, mas acho que se mudou do bairro sei lá por quê, e acabei nunca mais falando com ele. Brincávamos quase todos os dias. Íamos no zoológico juntos, líamos gibis, e tínhamos os mesmos gostos por bonequinhos de super heróis.

Olhei pra ele um pouco, ele me olhou mas claramente não me reconheceu, então virei a cara pra não parecer um daqueles caras psicóticos que ficam encarando pessoas do nada. Devo estar muito diferente, ou de repente aquela amizade maravilhosa nem foi tanto pra ele a ponto de lembrar, mas é assim mesmo que a banda toca.

Lembrei daquele diálogo do andróide em Blade Runner "Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva". Afinal, essa é a sina de nossas memórias afetivas, talvez não tenham sido tão afetivas para os demais que compartilharam.

Não quero que entenda este texto como uma lamentação, apenas como uma reflexão: Somos eternos enquanto pensarmos, somos infinitos em nossa finitude e somos invencíveis em nossas vulnerabilidades.

E uma dica: Não fique encarando pessoas que não te conhecem no trem. Sério, não faça isso.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Sentido pra quê?

Sempre fui um homem de resistência. Inegavelmente, "forte" sempre foi um descritivo entre minhas características intelectuais ou físicas. Desde o momento em que faço força quebrando algo com uma marreta ao fato de que em necessidade eu estou ao lado das pessoas trazendo racionalidade, a palavra "forte" sempre condiz com minhas atitudes.

Obviamente a mesa fórmula se aplica para outras palavras, como "bobo", "chato", "orgulhoso" e "mané", mas o texto hoje é sobre ser forte. O resto é resto.

Sabe, ser forte não é algo a se orgulhar as vezes. Quando você vira o pilar de sustentação de uma família, por exemplo, no momento que você deixa de "dar conta do recado" pode significar um pouco de decadência para todos. Ou seja, força também pode ser uma fraqueza.

Então força pode ser o mesmo que fraquezas? Sim, e o contrário também. Quem conhece suas fraquezas pode treinar e se preparar para elas, assim como quem tem forças pode se motivar por elas para almejar novos rumos. A complexidade desses paradigmas pode render algumas horas de filosofia de buteco.

Mas ok, por que todo esse papo sem sentido?
Por quê não somos invencíveis. Porquê não somos perfeitos. Porque muito da vida é imprevisível. Por que muitas vezes eu não lembro em qual frase se aplica cada um dos quatro tipos de "POR QUÊS".

E é assim, sem sentido, que sigo a vida.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Garçom, uma dose de respeito, por favor!

Tenho pensado em largar as redes sociais. Voltar a ser mais roots, quando minha comunicação com as pessoas era essencialmente email e SMS. Aliás, ainda me comunico só por email com muita gente, mas não é o caso.

Bem, entre devaneios, estou de saco cheio das coisas que tenho lido. Muito radicalismo, muita discussão desnecessária, muito desrespeito. Não tem nada que eu abomine mais do que o desrespeito. Nem mesmo o atraso dos correios com compras online.

Eu entendo que isso se deve a muitos fatores. O atual contexto político e social do país é uma bagunça completa e os avanços da tecnologia, ao mesmo tempo que abriram portas permitiram que todo mundo descarregue sua metralhadora de opiniões. Isso até seria ótimo, não fosse o desrespeito com opiniões diferentes. As pessoas clamam por liberdade, desde que os outros não tenham a liberdade de contrariá-las ou pensarem diferente.

Sabe, não me importa o teu sexo, cor, orientação sexual ou posicionamento político. Eu não ligo a mínima pro que você pensa, fala ou faz, desde que não me prejudique de alguma forma, tenha toda a liberdade que quiser em sua vida. Sério. Não sou daqueles "seja gay, só não perto de mim". Sou daqueles "seja gay, onde quiser, foda-se tua vida, tu não é meu namorado".

Só que me sinto julgado por cada palavra, pessoas que pensam por si acabam sendo abominadas pelas massas. Tenho opiniões mais conservadoras (no sentido de ética e moral, não de religiosidade ou preconceito sem sentido), mas se falo algo sou automaticamente um machista/opressor/coxinha/fascista. Interessante que eu também tenho umas opiniões mais liberais, daí se falo algo viro um mortadela/petista/comunista. Gente, decidam-se.

Enfim, aqui foi só um desabafo. Fica apenas o recado: Pense, seja, faça, realize. Só respeito os outros, concordem ou não contigo.

domingo, 9 de abril de 2017

As cadelas politizadas

Tenho duas cadelas, a Xena Maria do Couto e a Preta Mortícia Alves. Essas são as que moram comigo. Também tem o Hector Invictus III, mas a história hoje é só sobre a Xena e a Preta. E sim, eu dou nome completo para minhas duas filhas meigas e meu filhão forte e garboso.

Descobri um fato importante essa semana, elas tem posições políticas contrárias e muito bem definidas. Após um pouco de análise, concluí que Xena é de direita e Preta é de esquerda. Essa constatação também explica muito das atitudes delas.

Xena é a típica conservadora. Nunca gostou de baderna e atitudes fora do padrão, que obriguem ela a deturpar seus valores. Apesar de ser loira, ela não é racista ou homofóbica, mas percebe-se que fica incomodada na presença de pessoas/cães que não compartilhem de suas atitudes. Mas é aquele incomodado no sentido "ok, só me deixa em paz, não to a fim" e não o incomodado "vai pra Cuba, revolucionário". Ela gosta de boa comida, boa cama, os confortos que a vida capitalista proporciona, gosta de ser elite.

Apesar disso, ela é mais pacífica quando quer algo, sempre busca o diálogo e soluções para manter sues confortos. Privilegiada e tendenciosa com suas artimanhas para manter o status adquirido, de fato, mas é uma cadela aberta para novas ideias (querendo ou não essas novas ideias).

Preta, por outro lado, é a esquerdista declarada. Apesar de linda e enorme, luta por direitos iguais (mesmo já os tendo) e sempre quer se empoderar frente à Xena (se atravessa na pequena e empurra ela pro lado, a vez dela tem que ser priorizada a hora que ela quiser). Ela é mais enérgica, late forte pelo que quer sem discutir ideias e dialogar, pula o cercadinho da porta e invade/ocupa a sala e quando é tirada a força diz que foi agredida e roubamos os direitos dela.

Concordo com ela em várias coisas, as vezes precisamos mudar o status quo da sociedade e projetar chances iguais para todos, mas ela quebra muito as leis (desta casa), daí fica difícil defender. Outro dia tirei ela de cima do sofá e ouvi um "golpista" quando botei ela pra rua.

Apesar das diferenças ideológicas, até que elas convivem pacificamente, pois não são extremistas. Tem umas rusgas vez ou outra, mas nada que não possa ser resolvido.

Aliás, é indiferente o que elas pensam, pois aqui é monarquia, sou o Rei desta residência. Não, aqui não tem democracia, sou eu que mando. Não gostaram? Xena que vá pra Europa e Preta que vá pra Cuba.

domingo, 5 de março de 2017

Fighting The World

Desde pequeno sempre houve uma constante na minha vida, a paixão por artes marciais. Entretanto, por motivos diversos (superproteção da mamãe, preguiça ou falta de coragem) nunca treinei nada até chegar na vida adulta.

Pois bem, faz cerca de 3 anos que sou praticante de Muay Thai Boran. Pra quem não sabe, esse é basicamente o Muay Thai tradicional da Tailândia, que tem tanto a parte da luta quanto a parte filosófica e cultural de cada golpe, não é esses de academia que viraram praticamente um kickboxing, o negócio é bem roots. Todos os nomes em tailandês, o significado de cada posição, o respeito e autodisciplina e, claro, infinitos roxos e machucados pelo corpo.

Pois bem, pra que serviu essa introdução?

Por ser aficionado por lutas, sempre tive aquele sonho de subir num ringue e sair dando golpes estilo Van Damme. Mês passado surgiu uma competição e resolvi arriscar. Durante 4 semanas eu treinei muito, perdi cinco quilos pra baixar uma categoria, nem uma gosta de álcool, nada de doces, treinos diários, incluindo finais de semana... eu estava uma máquina, 81kg de força bruta, velocidade e técnica.

Confiante de meu esforço, esperando pelo dia de subir ao ringue e me mostrar digno. Mesmo que não ganhasse, eu queria que, ao final da luta, ainda estivesse de pé. Mas a vida, ahhh, a vida é uma caixinha de surpresas.

Uma semana antes da luta eu fiz um treino onde machuquei minha canela e, devido ao inchaço, me impossibilitei de lutar. Poisé, a vida faz dessas. Agora fico só com o Manowar, lutando pelo Heavy Metal, Fighting The World.

Outras competições virão, claro, ainda terei essa chance, mas que frustração. Enfim, One More Beer and Heavy Metal, If You Like Metal You Are My Friend.