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sábado, 23 de janeiro de 2010

Defenders Of The Faith

Várias vezes fui questionado sobre o meu estilo musical, porque eu gosto dessa "barulheira" que é o Rock e Heavy Metal. Quem não gosta simplesmente não vê nada além do peso da bateria e guitarra, independente da letra falar de amor, guerra ou de uma prostituta barata de esquina. Mas, dentre tantas questões e afirmações, a única frase que realmente me pôs a pensar foi "Se tu gostasse de pagode e funk tu ia pegar mais mulher".

É, não duvido disso, já não nego que sou indubitavelmente imprestável com relação ao sexo oposto. Porém nunca tentei mudar meu estilo. Tenho uma relação muito forte com a música. Hoje, digo com toda a certeza, que o Rock'n'roll e Heavy Metal fazem parte de mim.

Meu encontro com o o Rock e Metal foi meio que acidental. Ouvi um rock nacional e achei muito melhor do que as coisas que tocavam nas rádios e na casa dos meus amigos. Com um auxílio de minha mãe(bendita seja) descobri algumas bandas de peso, e daí por diante foi uma subida íngreme em direção ao que gosto hoje.

Mas hein? o Assunto não era mulher? - Você me questiona.

Acontece que justamente o rock'n'roll é que estava presente em todos meus momentos da vida, fossem bons ou ruins, envolvendo mulher ou não. Está presente agora mesmo enquanto digito esta frase. E, por mais estranho que pareça, tive "fases musicais".

Nos velhos momentos de rebeldia juvenil, onde guspir em caminhões e gritar palavrões no meio da rua significava progresso, meu radinho preto (o saudoso radinho preto) tinha AC/DC, Van Halen e Motorhead. Mostrava minha energia em explosão, afinal era época de puberdade.

Ao começar a tomar mais consciência do mundo e sua natureza, o já radinho azul (substituto do saudoso radinho preto) tocava Black Sabbath, Metallica, Iron Maiden. Pode-se dizer que eu era um pouco poser (afinal todo fã um dia foi poser), mas simbolizava meu lado mais desafeto, que não gostava muito do que via.

Já retomando aqueles dias pelo qual todo garoto passou ao menos uma vez na vida, que é tomar um fora, lá estava a música. No momento mais cruel, que foi ser totalmente arrasado pela primeira paixonite, eu me senti um verme esmagado. Whitesnake, The Police, entre outras que não ouso citar fizeram meu repertório triste (mas não confunda com momento EMO). Aliás, toda vez que eu me sinto um pouco necessitado emocionalmente (ou fisicamente) o já rádio preto (um novo, não o saudoso) insiste em tocá-los.

Mas, sem fugir ao foco inicial, nunca mudei meus gostos pra atrair uma mulher. Passei por muitas decepções, por muitas conquistas, e por muitas panaquices sem sentido que hoje rendem ótimas histórias. Entre fracassos retumbantes, lembro de uma morena fofa e cretina, de uma loira realmente burra, de uma ruiva de óculos que foge ao me ver(ainda não descobri porquê), a bêbada que falava de Jean Paul Sartre, e outras que é melhor eu não relatar.

Mas, quer saber, não me arrependo de nada. Eu desenvolvi minha mente dessa maneira. Eu escolhi o que queria ouvir. Eu nunca neguei minhas verdadeiras vontades. Eu nunca ao menos cogitei desistir do Rock e Metal. Eu forjei minha personalidade e meu caráter.

Eu gosto muito de mulheres, não consigo viver sem a presença delas. Mas não vou deturpar tudo que eu venho formando e personificando ao longo dos anos em pról de uns amassos a mais. Se não for conseguido por meus méritos e esforço próprios, certamente não vale a pena.

Prefiro ser um metaleiro solitário, mas que admira o ponto onde encontra-se, do que um pagodeiro pegador, com objetivos superficiais e fúteis.

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