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domingo, 15 de abril de 2012

Exigente


Por coincidência encontrei na parada de ônibus uma vizinha que há muito tempo não via. Conversamos um pouco e ela fez a fatídica pergunta “Tem namorada?”. Eu disse que não. Ela insistiu “Nenhuma?” e eu respondi que não novamente. O que ela disse em seguida foi o melhor: “Nunca te vi namorando nesses anos todos, tu é todo bonito, mas deve ser muito exigente”. Não pude conter a risada.

Cara, eu me divirto com as conclusões que as pessoas têm sobre mim. De fato, sou exigente, mas comigo mesmo. Exijo de mim ser uma boa pessoa, ter sucesso na vida, tomar decisões em virtude de meu caráter e não deixar de aproveitar as boas oportunidades que surgem (sejam profissionais, sejam atividades indecentes e descabidas nessa vida fanfarrona). Mas, no lado amoroso, acho que nunca exigi muito.

Não interprete isso como eu aceitar qualquer coisa que surja, mas no sentido de não idealizar a mulher perfeita e que faça tudo que quero. Todas as vezes que gostei de alguém me mantive igual, tratando com respeito e carinho, e mimando um pouco com meu lado artista/criativo, apesar de isso ir contra meus ideais de macho ignorante troglodita.

Pensando melhor, deve ser por isso que nunca tive namorada. Costumo me doar (no bom sentido) aquilo que me interessa e me inspira, seja uma garota ou outra atividade/esquema qualquer. Ao fazer isso, me torno um cara apaixonado e motivado por aquilo, e as pessoas costumam ter medo de quem gosta muito de algo, encaram como um sinal de fraqueza, mesmo sendo na realidade um grande sinal de força. Ou vá lá, to falando asneira e minha vizinha que me avacalhou e na verdade sou feio e idiota ao invés de todo bonito.

Enfim, a única coisa que exigi das mulheres que conheci foi compreensão. Mas, com tudo que vivi e recebi até hoje, talvez isso seja exigir demais.

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