Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

sábado, 14 de maio de 2011

Leitura didática

Por volta de 1998, quando eu tinha 8 anos, minha mãe me comprou um gibi do Super-Homem. Naquele número (22, editora Abril, se não me engano) o kriptoniano descobria os famigerados poderes elétricos enquanto enfrentava uma criatura Kandoriana chamada Scorn no meio de Metrópolis. Mal sabia minha mãe que a partir daí criava um monstro nerd.

Inicialmente me era permitido comprar dois gibis por mês. Posteriormente aumentou para quatro e eventuais edições e minisséries especiais. Cada vez que um deles caía em minhas mãos eu era transportado para outro mundo. As páginas de quadrinhos criaram a essência do que sou hoje, alimentaram minha imaginação com muita porrada, guerras intergalácticas e aventuras além do impossível. Minha coleção aumentava, meu conhecimento a respeito do universo das HQs se estendia além dos horizontes imagináveis e os espaços livres no meu quarto sumiam rapidamente.

Mas, aos 13 anos fiz algo que me arrependo até hoje: Vendi metade da minha coleção para um sebo. Ganhei R$ 22,00 com a venda. Calculando melhor depois, percebi que o que eu havia gasto comprando tudo aquilo passava de R$ 800,00. Não foi tão lucrativo quanto eu pensei.

A culpa bateu a porta, então a coleção permaneceu constante desde então. Não resisto passar em uma banca de jornal ou um sebo sem ao menos dar uma olhada na seção de gibis. Quando acho algo raro ou saudosista é semelhante a um mineiro achar uma pepita de ouro. Pulos de alegria, comemoração e menos espaço no quarto.

Hoje possuo mais de 600 exemplares de: Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, Hulk, LJA, Savage Dragon, Vingadores e dezenas (ou seriam centenas?) de especiais e minisséries avulsos.

Minha mãe ainda me xinga, perguntando quando vou me livrar desse “monte de gibi velho”. Eu respondo que não tenho planos de fazer isso tão cedo, e lembro que foi ela quem começou tudo quando chegou em casa e disse “Filho, tenho uma coisa pra ti”.

Claro que ela xinga brincando, pois sabe que foi graças aos gibis que peguei o hábito de ler diversos jornais, revistas e livros. Fora o fato de ter desenvolvido uma escrita deveras correta e um talento acima da média para o desenho artístico (sempre ando com a pasta onde estão minhas musas, pois me inspiram no dia-dia). Ler realmente é um prazer, pena que a maioria discorda disso.

Incentive seus filhos na leitura. Você corre o risco de ter um filho que nem eu, mas, dependendo do ponto de vista, isso é algo muito bom =)

Nota: A foto deste post é da minha coleção.

2 comentários:

Garota de Sorte ;) disse...

Eric Rafael Alves disse...

Ficar reclamando que não tem tempo pra escrever é bem coisa de mulherzinha, hein =)
1 de maio de 2011 21:26

E só hoje, 20 de Maio de 2011 às 15:32, que eu vi o comentário. hahaha

Beeeijos

Eric Rafael Alves disse...

É, talvez tu não tenha tanto tempo assim pra escrever =)