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domingo, 23 de janeiro de 2011

Normalidade

Cresci como uma criança normal, tive amigos normais, estudei em escolas normais, creio que quase tudo que eu fiz estava na normalidade. Então porque as pessoas dizem que sou estranho?

Não, caro leitor, eu não tenho uma aparência grotesca e fora do comum ou qualquer qualidade que me destaque negativamente. O fato é que várias vezes (quando digo várias, quero dizer várias) na vida ouvi pessoas soltando a pérola “cara, tu é estranho”. Algumas vezes eu compreendi o que queriam dizer, outras eu não faço ideia até hoje porque disseram aquilo.

Importante ressaltar que todas as vezes que ouvi isso não foi de maneira pejorativa, mas como uma simples exclamação no meio da conversa. E é justamente por isso que me incomoda, pois as pessoas constatam esse fato conforme discorrem sobre algum assunto comigo, mas não necessariamente querem impor que eu SOU ESTRANHO, apenas utilizam isso como algo corriqueiro que repararam.

Cuméquié o esquema?

Simplificando: Podemos comparar isso a uma conversa entre duas amigas. De repente uma delas interrompe o que dizia pra exclamar “Ei, bonito teu cabelo”. A outra agradece (ou não) e voltam ao que estava sendo dito antes. A diferença é que no meu caso transformaram em “cara, tu é estranho”.

Mas se eu me considerava normal e não sou, então o que é normal?

O normal é gostar de pagode e funk? É, eu não sou.

O normal é ser falso e fingir ser outra pessoa? É, eu não sou.

O normal é gostar apenas do que está em evidência na mídia? É, eu não sou.

O normal é sempre ter algo pra falar mal da vida? É, eu não sou.

O normal é ser um cafajeste que as mulheres adoram odiar? Bem, eu não consegui ser.

O senso de normalidade varia conforme a concepção de cada um, é hipocrisia basear-se apenas pelos seus métodos como corretos. Se todos fossem iguais, nem haveria necessidade de eu ter este blog, afinal a mentalidade seria a mesma e não haveria motivo para escrever qualquer texto reflexivo.

Só sei que vou continuar a pessoa normalmente feliz que sou.


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