Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Tosquices de outrora

Certa manhã, destruí algumas memórias da minha infância ao ligar a televisão. Zapeei um pouco pelos canais, até que me deparei com o seriado do Ultraman. Subiu a empolgação, e sentei no sofá com aquele copão de guaraná do lado, pronto para (modo narrador da sessão da tarde/on) altas emoções dessa turminha do barulho que vai aprontar várias confusões da pesada (modo narrador da sessão da tarde/off).

Ah cara, que decepção. O negócio era muito tosco, a história era uma baboseira, as interpretações eram esdrúxulas, as cidades eram maquetes de papelão e, dependendo do monstro, tu via até o zíper da fantasia.

Claro, isso não impediu que eu me divertisse muito vendo essa tosqueira. O problema é que a "magia" não estava mais presente, como no tempo que eu era um garoto magricelo e remelento. Quando se é pequeno, as lutas ridículas do Ultraman são experiências inesquecíveis, que trazem aquela expressão de surpresa ao ver que o vilão era uma ameaça pro universo inteiro com seus raios de fótons e atitude maléfica.

Bem, sou fanático por esses seriados técnicamente terríveis dos anos 70 e 80, pois moldaram meu caráter(!?) enquanto eu ia crescendo. Meu sonho era ter uma armadura de metal maneira e sair dando porrada nos outros com um robô gigante enquanto destruia toda a cidade em volta. Bons tempos aqueles.

Não preciso fazer uma dissertação filosófica sobre a infância perdida e tal, pois tudo se resume ao seguinte: Quando o cara é pequeno, não percebe a falta de qualidade. Mas apenas a falta de qualidade técnica, pois a qualidade criativa era fenomenal!! Os caras criaram seriados antológicos que estão na nossa memória até hoje usando prédios de isopor e roupas de plástico vagabundo!! Sem contar os efeitos especiais, que são tão avançados quanto aquele que faz o Chapolim voar nos aerolitos.

Jaspion, Jiraya, Black Kamen Rider, Winspector, Ultraman, Jiban, e tantos outros. Nenhum deles perdeu seu charme ou caiu no meu conceito, apenas perderam a visão que eu tinha quando era garoto. Já que eu não posso voltar ao passado (ainda), posso pelo menos rir e aproveitar a tosquice que tanto me divertiu na era de ouro.

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