Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

domingo, 23 de outubro de 2011

Lembranças em miniatura

Era sábado de noite e eu estava em casa. Entrei no meu quarto com meia garrafa de cachaça, liguei o som em um volume mediano (pra não acordar o resto do povo) e comecei a tomá-la com trilha sonora do bom e velho Black Metal norueguês.
Se você já leu alguns textos meus, deve ter percebido que os momentos que fico sozinho geram reflexões sobre a vida e meu dia dia. Com o acréscimo da cachaça e do Black Metal norueguês acho que foi uma das noites mais produtivas que tive nesse sentido. O trabalho, os erros/acertos pro meu futuro, as maneiras que posso contribuir pra ajudar minha família, aquela garota maldita que tá me enrolando, meus estudos... enfim, uma coisa se conecta a outra e eu acabo fazendo uma “auto análise terapêutica”.
Mas o que realmente interessa disso tudo foi o momento que resolvi abrir minha caixa de lembranças. Caso não saiba, há uma caixa  grande em cima do meu armário onde guardo aquelas coisas que não consigo botar fora, algumas desde que eu era um pequeno nerd fã do Jaspion. Como eu estava pra lá de bêbado, foi provavelmente o momento mais emocional que tive nos últimos meses (quiçá no ano), visto que eu não mexia em nada daquilo a muito tempo.
Havia um chaveiro em formato de coração com uma frase bonita (deve ter uns 30 anos, mas guardo ele), um urso de pelúcia em miniatura dentro de uma redoma (sim, é fofo, mas continuo malzão), um carrinho do Batman (único que meu primo nunca botou as mãos pra quebrar), uma pequena jaqueta de quando eu era bebe... Alguns itens são muito pessoais e você que lê não entenderia o motivo que eu tenho pra guardá-los, é melhor eu omitir a maioria.
Uma caixinha quadrada eu não lembrava o que era. Abri ela e havia uma segunda caixinha dentro. Dentro desta segunda caixinha, havia um bilhete escrito a mão. Droga, pra que fui ler o bilhete? É uma mensagem que me magoa desde a adolescência. Eu deveria queimar esse papel, mas acabei guardando no mesmo lugar, fechei a caixa grande e coloquei-a novamente em cima do armário. A caixa de lembranças felizes e importantes óbviamente tinha uma lembraça triste e depressiva.
Fechar a caixa fechou o ciclo filosófico da noite, não havia motivos pra continuar avaliando passado/presente/futuro. Fui para a sala e liguei a TV. Meu Deus! Jaspion passando depois da meia noite!!
Independente se o saldo final de pensamentos foi feliz ou foi triste, impossível ficar mal quando olho Jaspion. GIGANTE GUERREIRO DAILEON!

Nenhum comentário: