Agora que chegou aqui não tem mais volta, meu amigo.

Então leia e aproveite o que minha loucura criatividade tem para oferecer.

sábado, 5 de setembro de 2009

Uma semana ruim

De que me serve a força física
nada há para fulminar
mesmo que ela fosse mísitca
não há o que redirecionar

Meu punho se fecha com rispidez
minha fúria sobe a mente
meus olhos vêem com rapidez
meu ódio transpassa o ocidente

Aquela surpresa desanimadora
aquela partida repentina
aquela mancada avassaladora
aquela mágoa ressentida

Tudo faz parte de um sistema
um sistema que eu não domino
uma eloquencia sem trema
uma razão de existência que abomino

Um sonho sem par
uma conquista irrelevante
um anseio a exterminar
um pensamento constante

Não sei a que ponto vou chegar
só me falta a chance de realizar

2 comentários:

Tiago disse...

Para contribuir com esse blog altamente poético, envio a seguir essas linhas escritas por Manuel Bandeira e que refletem o meu atual momento.

Poética


Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare


— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

Eric Rafael Alves disse...

Entendi o que você quis dizer meu amigo.
Aliás, temos vários pontos em comum.